O projeto de minério Serra Azul,em Minas Gerais, será o principal motivo para a injeção de R$ 1,4 bilhão no capital da MMX, mineradora do grupo EBX, controlado pelo empresário Eike Batista. O novo investimento, divulgado em nota pela empresa nesta segunda-feira (3), deverá tirar o projeto de mineração do papel, porém vai atrasar o início das operações do porto de Itaguaí (RJ), outro projeto da empresa.

Esta já é a segunda intenção de aumento de capital feita por Eike Batista em suas empresas após o início de uma série de maus resultados, puxados pelos números abaixo da média da OGX, registrados por estas desde o começo de junho deste ano. Além do investimento, o executivo também aumentou sua fatia de ações na MMX de 29% para 46,41 pontos percentuais. Apesar da notícia do novo investimento ter causado uma alta de 5,1% nas ações da MMX, os papeis ainda amargam uma queda de 44,5% no ano, e o prejuízo da R$ 442 milhões no terceiro trimestre não ajuda a impulsionar as ações.

O projeto de Serra Azul terá a capacidade de produzir até 29 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, que será escoado até o Superporto Sudeste pela estrada de ferro da MRS Logística, de onde sairá para o mercado internacional. Além da captação de novo capital, a MMX também tentará financiamento a longo prazo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).