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Mineradora vai investir R$ 6 bi em siderúrgica na Zona da Mata

UAI

24/03/2010 13h59 | Atualizada em 24/03/2010 17h00


Parte da produção de minério de ferro explorado em Minas Gerais pela Ferrous Resources do Brasil, mineradora que tem como acionistas fundos de investidores dos Estados Unidos, Inglaterra e Austrália, será transformada em aço numa usina bancada pela própria companhia em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O protocolo de intenção do investimento deverá ser assinado na próxima segunda-feira pela empresa, o governador Aécio Neves e o prefeito do município, Custódio Mattos. A mineradora ainda mantém sob sigilo as informações sobre o projeto, que só será oficialmente anunciado na reunião com Aécio. Por meio de sua assessoria de imprensa, a prefeitura informou que a expectativa é também nesse sentido.

A usina está projetada para uma capacida

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Parte da produção de minério de ferro explorado em Minas Gerais pela Ferrous Resources do Brasil, mineradora que tem como acionistas fundos de investidores dos Estados Unidos, Inglaterra e Austrália, será transformada em aço numa usina bancada pela própria companhia em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O protocolo de intenção do investimento deverá ser assinado na próxima segunda-feira pela empresa, o governador Aécio Neves e o prefeito do município, Custódio Mattos. A mineradora ainda mantém sob sigilo as informações sobre o projeto, que só será oficialmente anunciado na reunião com Aécio. Por meio de sua assessoria de imprensa, a prefeitura informou que a expectativa é também nesse sentido.

A usina está projetada para uma capacidade de produção de 5 milhões de toneladas de aço por ano, com recursos que podem chegar a R$ 6 bilhões, segundo fontes do setor ouvidas pelo Estado de Minas. A Ferrous, constituída em 2007, anunciou em meados de 2008 um plano de investimentos no estado de US$ 6 bilhões até 2014, empenhada na meta de entrar para o grupo das maiores mineradoras de ferro. O programa prevê produção de 50 milhões de toneladas anuais da matéria-prima dentro de quatro anos a partir de jazidas adquiridas na Serra Azul de Minas, rica em formação ferrífera na Região Central mineira.

A Ferrous comprou as minas de Serrinha e Esperança, que pertenciam à mineração Emesa no município de Brumadinho; Santanense, em Itatiaiuçú, e Viga, em Congonhas. No total das áreas, chegou a divulgar reservas de 2 bilhões de toneladas. O projeto ambicioso foi desenhado para escoamento por mineroduto de 700 quilômetros de extensão até o litoral do Espírito Santo. No projeto de fabricação de aço, o transporte deverá ser feito pelos trilhos da MRS Logísitica, sucessora da antiga Rede Ferroviária, até Juiz de Fora.

A prefeitura da cidade já vem trabalhando na liberação da área para a construção da usina siderúrgica, que será anunciada por Aécio Neves, junto a outros investimentos públicos e privados. O consultor e especialista em siderurgia Germano Mendes de Paula, professor da Universidade Federal de Uberlândia, diz que o investimento da Ferrous é mais um capítulo da trajetória de dois setores que historicamente no Brasil, em determinados momentos, partem para atuação casada.

Foi assim com a Vale, que já teve participações expressivas na siderurgia, a Companhia Siderúgica Nacional (CSN), dona da Mineração Casa de Pedra, de Congonhas; os grupos siderúrgicos ArcelorMittal e Usiminas, da mesma forma proprietários de reservas de ferro no estado. “As perspectivas da siderurgia são muito favoráveis nesta década, embora a demanda não vá crescer na mesma intensidade para todos os produtos”, afirma Germano Mendes.

Paulo Camillo Vargas Penna, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), disse que já houve recuperação dos níveis de produção e de investimentos das empresas do setor, bastante afetadas pela crise financeira mundial. “Minas Gerais, em particular, recuperou sensivelmente os planos de investimento, embora só em 2011 esperamos voltar aos níveis anteriores à turbulência mundial”, afirma. Os recursos anunciados de US$ 57 bilhões no país antes da crise baixaram para US$ 47 bilhões ano passado, mas retornaram a US$ 50 bilhões este ano, deste ano a 2014.

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