A Rio Tinto vai iniciar grandes medidas para corte de custos sob a gestão do novo presidente-executivo, em um momento em que a mineradora anglo-australiana luta contra uma acentuada queda da demanda por commodities industriais.

Os gastos descontrolados tornaram-se a prioridade número 1 em projetos iniciados durante o agora extinto boom da mineração por empresas de recursos que enfrentam um consumo menos robusto na China, o maior importador mundial de minério de ferro, cobre e outros insumos industriais.

"Minha estrutura simplificada do comitê executivo está agora em vigor e exigindo metas para 2013, incluindo economias de caixa," afirmou o CEO, Sam Walsh, em um comunicado.

Walsh foi nomeado presidente-executivo em janeiro como parte de uma reestruturação na diretoria, após uma série de investimentos desastrosos que levaram a Rio Tinto à sua primeira perda anual.

Nenhum detalhe sobre as metas foi dado no comunicado.

Sob Walsh, a Rio Tinto já cortou centenas de empregos e marcou ativos com desempenho abaixo do esperado de carvão, cobre e alumínio para venda ou encerramento.

A segunda maior mineradora de minério de ferro do mundo, atrás da brasileira Vale, disse em seu relatório de produção trimestral que continuava no caminho para aumentar a produção da matéria-prima para fabricação do aço para 265 milhões de toneladas este ano, sob um plano de expansão de bilhões de dólares.

Ele também alertou que sua mina em Utah, a segunda maior fonte de cobre nos Estados Unidos, veria uma queda na produção do metal refinado de cerca de 100 mil toneladas, com base em uma avaliação preliminar dos danos causados por um desmoronamento na última quarta-feira.