A Vale investiu US$ 3,049 bilhões no quarto trimestre do ano passado, a maior parte - US$ 2,231 bilhões - em crescimento orgânico. Deste total, 1,923 bilhão foram aplicados na execução de projetos, US$ 309 milhões em pesquisa e desenvolvimento e US$ 817 milhões na manutenção de operações existentes.

No acumulado do ano, os investimentos da companhia - que excluem as aquisições - atingiram US$ 9,013 bilhões. Já as aquisições consumiram US$ 3,734 bilhões ao longo do ano e US$ 784 milhões nos três últimos meses de 2009.

No ano passado, o segmento de não ferrosos recebeu investimentos de US$ 3,144 bilhões; o de ferrosos ficou com US$ 2,124 bilhões; a logística abocanhou outros US$ 1,985 bilhão; energia recebeu US$ 688 milhões; carvão ficou com US$ 564 milhões; a siderurgia recebeu US$ 184 milhões; e outros negócios registraram US$ 324 milhões.

Entre as principais aquisições do ano, destaque para os projetos de potássio de Rio Colorado e Regina, por US$ 857 milhões; ativos de minério de fero em Corumbá, por US$ 814 milhões; e o aumento de capital de US$ 1,442 bilhão na siderúrgica ThyssenKrupp CSA.

A empresa também vendeu ativos não estratégicos ao longo de 2009, como a Jinco Nonferrous Metals Co., por US$ 6,5 milhões; a International Metals Reclamation Company, por US$ 34 milhões; e a Inco Advanced Technology Materials, por US$ 6 milhões.

Em janeiro deste ano, a subsidiária integral Valesul Alumínio entrou em acordo para venda de seus ativos de alumínio, no Rio de Janeiro, por US$ 31,2 milhões.

Também no mês passado, a Vale concordou em vender direitos minerários de manganês e minério de ferro, bem como todas propriedades relacionadas, no estado da Bahia, por US$ 16 milhões.

Além disso, vendeu três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que forneciam parte da energia de plantas de ferro ligas em Minas Gerais e que foram paralisadas, por US$ 20 milhões. A empresa também está em negociações preliminares para venda da PPSA, produtora de caulim.

Entre os projetos de crescimento orgânico, destaque no ano passado para a conclusão do Corredor Sudeste, que compreende a expansão da Ferrovia Vitória a Minas (EFVM) e do porto de Tubarão. A empresa também iniciou a expansão da mina de carvão Carborough Downs, na Austrália, com o objetivo de atingir 4,8 milhões de toneladas métricas em 2011.

No segmento de minerais não ferrosos, foram aplicados US$ 983 milhões no quarto trimestre "devido aos vários projetos em fase avançada de desenvolvimento - Onça Puma, Goro, Salobo, Três Valles, Bayóvar", segundo o balanço da companhia. Já o segmento de ferrosos ficou com US$ 843 milhões entre outubro e dezembro.