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Metais tendem a continuar em baixa em 2014

A poucas semanas para o fim do ano, o saldo para os metais é de fortes perdas em 2013.

Valor

02/12/2013 18h01


Menos volátil, o estanho acumula uma queda de 2% e tem o melhor desempenho entre os principais não-ferrosos. Enquanto isso, o níquel despenca 21%, principalmente por conta do aumento da oferta chinesa. A mesma razão causou perdas para o alumínio e o cobre, com baixas de 15% e 10% no ano, respectivamente.

O cenário não deve mudar no ano que vem, dizem analistas, já que não há sinais de mudanças na China. Como as commodities metálicas são usadas em indústria e infraestrutura, são consideradas estratégicas pelo governo chinês. Por isso, o país mantém políticas de subsídio para a produção mesmo com margens negativas. 'Como essa dinâmica não muda, esse ciclo de baixa deve se estender para 2014 e 2015', diz Bruno Rezende, analista da T

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Menos volátil, o estanho acumula uma queda de 2% e tem o melhor desempenho entre os principais não-ferrosos. Enquanto isso, o níquel despenca 21%, principalmente por conta do aumento da oferta chinesa. A mesma razão causou perdas para o alumínio e o cobre, com baixas de 15% e 10% no ano, respectivamente.

O cenário não deve mudar no ano que vem, dizem analistas, já que não há sinais de mudanças na China. Como as commodities metálicas são usadas em indústria e infraestrutura, são consideradas estratégicas pelo governo chinês. Por isso, o país mantém políticas de subsídio para a produção mesmo com margens negativas. 'Como essa dinâmica não muda, esse ciclo de baixa deve se estender para 2014 e 2015', diz Bruno Rezende, analista da Tendências Consultoria.

O zinco tem sido exceção, com leve queda de produção na China. Também por isso, é um dos preferidos dos analistas para 2014. Por pouco, o níquel também escapa de previsões mais pessimistas.

Depois de cair de um patamar de US$ 17 mil por tonelada no início do ano para US$ 13 mil por tonelada agora, o níquel tem sua chance de recuperação em 2014 nas mãos da Indonésia. Maior produtor global de minério de níquel, o país quer proibir a exportação a partir de janeiro, para incentivar sua produção interna de metal refinado. Caso isso ocorra, o preço poderá subir. 'Se essa medida da Indonésia resultar em um maior corte na produção de ferro-gusa de níquel na China, o preço poderá ser puxado significativamente para cima', diz a equipe de análise de commodities do BNP Paribas.

O ferro-gusa de níquel é um substituto mais barato do metal. Neste ano, o aumento da produção chinesa foi de 33%, na estimativa da consultoria Antaike. Com isso, os estoques de níquel em armazéns subiram significativamente, mesmo com um forte crescimento da demanda ao longo do ano, calculado pelo BNP Paribas em 7%.

Mas, caso a Indonésia adie a restrição às exportações de minérios, a pressão vai aumentar sobre os produtores de níquel, ainda que a previsão seja de aumento da demanda, de 8%, segundo o banco francês. Assim, pode ser que sejam necessários cortes de produção no mundo. No Brasil, a Votorantim Metais anunciou em setembro a suspensão das operações em uma de suas três unidades, em Fortaleza de Minas (MG).

A queda dos preços dos metais não foi mais preocupante para as empresas brasileira que atuam no setor por causa da valorização do dólar. Como as commodities metálicas são negociadas na moeda americana, na bolsa de Londres (LME), o câmbio tornou os preços em reais mais altos no país.

Em geral, as perspectivas são de um ano de preços mais acomodados para o cobre e o alumínio em 2014, segundo os analistas. As indicações são de aumentos leves na demanda, compensando em parte o crescimento da oferta. O Bank of America Merrill Lynch destaca que a recuperação na atividade econômica global pode ser puxada pelas economias mais desenvolvidas, onde o crescimento é menos intensivo em commodities.

'Um mercado com alta mais expressiva é improvável para os metais, na nossa visão', afirmam os analistas do banco americano. Eles projetam um preço médio de US$ 1.775 por tonelada de alumínio no ano que vem e de US$ 7.013 por tonelada de cobre. Para o níquel, estimam um preço médio de US$ 15.582 a tonelada.

 

 

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