Gazeta do Povo
28/08/2024 10h46
Perto de se completarem quatro meses do maior desastre ambiental do Rio Grande do Sul, o estado vai, aos poucos, caminhando para a reconstrução.
Um dos pontos que ainda parece estrangular essa recuperação é a participação do governo federal – em uma audiência realizada em Brasília no último dia 21, o governador Eduardo Leite (PSDB) cobrou do governo federal mais agilidade na concessão de crédito às empresas afetadas pelas enchentes.
“O governo federal anunciou R$ 1,2 bilhão nesse programa de apoio à manutenção de empregos, mas acabaram sendo acessados, até aqui, cerca de R$ 170 milh
...Perto de se completarem quatro meses do maior desastre ambiental do Rio Grande do Sul, o estado vai, aos poucos, caminhando para a reconstrução.
Um dos pontos que ainda parece estrangular essa recuperação é a participação do governo federal – em uma audiência realizada em Brasília no último dia 21, o governador Eduardo Leite (PSDB) cobrou do governo federal mais agilidade na concessão de crédito às empresas afetadas pelas enchentes.
“O governo federal anunciou R$ 1,2 bilhão nesse programa de apoio à manutenção de empregos, mas acabaram sendo acessados, até aqui, cerca de R$ 170 milhões. Não é porque as empresas não precisem. É porque as regras do programa ficaram muito engessadas e acabam limitando o acesso a esses recursos”, detalhou o governador.
O agro é outro setor de atenção para o governo gaúcho. Segundo Leite, antes da cheia histórica as propriedades rurais haviam sido atingidas por graves secas que afetaram a produtividade de todo o estado. “A estiagem severa afetou a nossa produtividade agrícola. Então, os produtores já vêm de uma sequência de frustração de safras, gerando grandes dificuldades em relação às suas dívidas”, detalhou.
Mas há pelo menos um setor em que a retomada parece estar mais perto de ser concretizada. O mercado imobiliário gaúcho, em especial o da capital, Porto Alegre, dá sinais claros de um reaquecimento após a tragédia. Esta é a análise de Moacyr Schukster, presidente do Sindicato da Habitação do Rio Grande do Sul (Secovi-RS).
Em entrevista à Gazeta do Povo, ele explicou que são negociados, em média, cerca de 3 mil imóveis em Porto Alegre. “Esses dados são baseados em negócios realmente fechados, pois levamos em conta as escrituras destes imóveis”, comentou.
Em abril, antes dos alagamentos, foram fechados cerca de 3,5 mil negócios imobiliários na capital gaúcha. O número é tido pelo presidente do Secovi-RS como excelente. “Pareceu até uma antecipação ao que estava por vir”, disse Schukster.
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