Energia
Cimento Itambé
04/04/2013 12h20
O GWEC (Conselho Global de Energia Eólica) publicou em fevereiro de 2013 as estatísticas referentes ao mercado eólico mundial durante 2012. A indústria do setor cresceu quase 10% e aumentou a capacidade instalada em aproximadamente 19%. Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido bateram recorde de instalações, enquanto na América do Sul o Brasil manteve a liderança do mercado, elevando sua capacidade instalada para 2.500 MW (megawatts). Segundo a ABE Eólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) o país chegou a 108 parques eólicos, mas para expandi-los precisará romper a fronteira litorânea e explorar novas áreas no interior, encarando o desafio da logística. É diante desse cenário que as torres em concreto, para sustentar os aerogeradore
...O GWEC (Conselho Global de Energia Eólica) publicou em fevereiro de 2013 as estatísticas referentes ao mercado eólico mundial durante 2012. A indústria do setor cresceu quase 10% e aumentou a capacidade instalada em aproximadamente 19%. Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido bateram recorde de instalações, enquanto na América do Sul o Brasil manteve a liderança do mercado, elevando sua capacidade instalada para 2.500 MW (megawatts). Segundo a ABE Eólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) o país chegou a 108 parques eólicos, mas para expandi-los precisará romper a fronteira litorânea e explorar novas áreas no interior, encarando o desafio da logística. É diante desse cenário que as torres em concreto, para sustentar os aerogeradores, devem começar a ganhar mercado dos equipamentos feitos em aço.
Torres de concreto permitem que alcancem alturas superiores a 100 metros.
Como explica Flávio Fernandes Novaes, gerente de Expansão da Geração e de Fontes Alternativas da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) e especialista em energia eólica, desde que o Brasil passou a ter uma política para captar a energia dos ventos, o que começou em 2009, a maioria absoluta das torres foi construída com estruturas de aço. Só que a necessidade de expandir os parques têm restringido esse tipo de tecnologia. “Dois fatores são limitantes para as torres tubulares de aço: as condições de acesso pelas rodovias e estradas, visto que quanto mais alta for a torre maiores e mais pesados serão os diâmetros dos segmentos, exigindo dezenas de carretas da fábrica até o local do parque, e as grandes flutuações no preço do aço no mercado. Por isso, as torres de concreto surgem como alternativas viáveis para a expansão dos parques eólicos”, afirma.
A vantagem das torres de concreto, ressalta o especialista, é que elas podem ser construídas no próprio local de implantação do parque eólico, a partir da instalação de pequenas concreteiras nos canteiros de obras. “Neste caso, o processo global de construção e montagem dos parques pode se mostrar mais barato e elimina grande parte da logística de transporte de componentes pelas rodovias, a despeito de demandar um período maior de construção e liberação das estruturas de concreto, haja vista a necessidade de se cumprir os tempos de cura ou de montagem dos módulos pré-fabricados para posterior posicionamento da carga sobre as mesmas”, alerta. Mesmo assim, as torres de concreto se mostram competitivas para alturas superiores a 100 metros as estruturas de aço variam de 65 a 80 metros ou para áreas que apresentem obstáculos de logística.
Caso a caso
Independentemente da estrutura da torre que irá sustentar o aerogerador, seja aço ou concreto, os requisitos técnicos precisam ser previamente atendidos para suportar os esforços produzidos pelos equipamentos. “Ter o projeto certificado é condição obrigatória. No caso das torres em concreto, fatores como traço, taxa de armadura, resistência a torção e tração, além de tempo de cura, deverão ser pré-estabelecidos em estrita concordância com os fabricantes dos aerogeradores”, destaca Flávio Fernandes Novaes, seguro de que o cenário brasileiro do setor de energia eólica irá se tornar cada vez mais favorável à tecnologia de torres de concreto. “De toda forma, é sempre necessário estudar minuciosamente, caso a caso, qual será a solução mais vantajosa para um determinado projeto, avaliando as condições regionais do relevo, o acesso rodoviário, o custo do aço e a disponibilidade de mão de obra especializada para supervisão e construção das torres”, complementa.
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