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Licitação de Tapajós pode ficar para 2014

Em entrevista, Amilcar Guerreiro, diretor da EPE, ainda falou sobre o furturo das usinas com reservatórios

Jornal da Energia

19/10/2012 08h16


Classificados como projetos estruturantes e prioritários para o país no ano passado, as hidrelétricas do Complexo do Tapajós, no Pará, ainda não deverão ser licitadas em 2013, como era esperado inicialmente pelo governo. "Para o ano que vem acho que não dá", disse Amilcar Guerreiro, diretor de Estudos Econômicos e Energéticos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Guerreiro falou com a reportagem do Jornal da Energia nesta quarta-feira (17/10), após participar do Solar Summit, em São Paulo. "O que está previsto é São Manoel (700 MW). Os estudos estão todos feitos. O que falta é realizar as audiências públicas."

Segundo ele, a expectativa é que os estudos de Tapajós sejam concluídos no primeiro semestre de 2013. "Uma vez

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Classificados como projetos estruturantes e prioritários para o país no ano passado, as hidrelétricas do Complexo do Tapajós, no Pará, ainda não deverão ser licitadas em 2013, como era esperado inicialmente pelo governo. "Para o ano que vem acho que não dá", disse Amilcar Guerreiro, diretor de Estudos Econômicos e Energéticos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Guerreiro falou com a reportagem do Jornal da Energia nesta quarta-feira (17/10), após participar do Solar Summit, em São Paulo. "O que está previsto é São Manoel (700 MW). Os estudos estão todos feitos. O que falta é realizar as audiências públicas."

Segundo ele, a expectativa é que os estudos de Tapajós sejam concluídos no primeiro semestre de 2013. "Uma vez concluído os estudos, você tem todo o processo de licenciamento. É um tempo que você não controla. Se tudo der certo, talvez possamos fazer (o leilão) no ano que vem, no entanto, apostaria em 2014", opinou o diretor do órgão de planejamento energético do governo.

Formam o Complexo do Tapajós as usinas São Luiz do Tapajós (6,1GW), Jatobá (2,3GW), Jardim do Ouro (227MW) e Chacorão (3,3GW). O número de empresas que estudam a viabilidade de Tapajós mostra o grande interesse do mercado. Em entrevista recente, o secretário de desenvolvimento energético do Ministério de Minas e Energia (MMW), Altino Ventura, explicou isso acontece porque são projetos que devem ter baixo custo de energia devido à economia de escala.

Hidrelétricas com reservatórios

Hidrelétricas como Santo Antonio (3,15GW), Jirau (3,75GW) e Belo Monte (11,233GW) foram concebidos no conceito conhecido como "a fio d' àgua". Ou seja, não possuem reservatórios e, portanto, presume-se um impacto ambiental menor nas regiões em que se encontram, as duas primeiras no rio Madeira, em Rondônia, e a segunda no rio Xingu, no Pará.

No entanto, essas usinas não podem armazenar água. A expansão da matriz energética a partir desse modelo é uma preocupação para o sistema elétrico, a medida que os reservatórios das hidrelétricas servem como bateria para armazenar energia.

Mas segundo o diretor da EPE, Amilcar Guerreiro, a regra dentro do órgão é "fazer o melhor aproveitamento possível do recurso hídrico, tanto do ponto de vista técnico e energético quanto econômico e ambiental".

"O fato de você impedir reservatórios por questões ambientais vai levar a outras decisões que também vão ter impacto ambiental, como instalar termelétricas ou ter que levar energia para regiões distantes se utilizando de longas linhas de transmissão", apontou.

De acordo com Guerreio, os projetos de Santo Antonio, Jirau e Belo Monte são a fio d'água porque não seriam diferentes. "Não se pode limitar os projetos por causa do reservatório. Se o projeto tem uma viabilidade técnica, energética, econômica para operar com reservatório, então temos que enfrentar a questão", concluiu.

 

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