Energia
Valor Econômico
17/05/2013 11h53
Os investimentos previstos pelas empresas que arremataram ontem áreas para exploração de petróleo e gás são estimados em R$ 7 bilhões. A 11ª Rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), prevista para terminar hoje, foi concluída em um único dia e mereceu forte comemoração do governo. A arrecadação, que será depositada até o dia 6 de agosto, é recorde: R$ 2,823 bilhões em bônus de concessão. Esse valor supera em mais de R$ 700 milhões os R$ 2,109 bilhões obtidos em novembro de 2007, na 9ª Rodada, a última de grande porte. Foi também batido o recorde de bônus por um só bloco. O consórcio formado pela francesa Total, Petrobras e a britânica BP pagou R$ 345,9 milhões pelo FZA-M-57, na Foz do Amazonas.
Houve grande disp
...Os investimentos previstos pelas empresas que arremataram ontem áreas para exploração de petróleo e gás são estimados em R$ 7 bilhões. A 11ª Rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), prevista para terminar hoje, foi concluída em um único dia e mereceu forte comemoração do governo. A arrecadação, que será depositada até o dia 6 de agosto, é recorde: R$ 2,823 bilhões em bônus de concessão. Esse valor supera em mais de R$ 700 milhões os R$ 2,109 bilhões obtidos em novembro de 2007, na 9ª Rodada, a última de grande porte. Foi também batido o recorde de bônus por um só bloco. O consórcio formado pela francesa Total, Petrobras e a britânica BP pagou R$ 345,9 milhões pelo FZA-M-57, na Foz do Amazonas.
Houve grande disputa pelos blocos em águas ultraprofundas da margem equatorial, que engloba os Estados do Pará, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte, arrematados por gigantes como Chevron, Exxon, BP, BHP Billiton e a própria Petrobras.
Além do investimento de R$ 7 bilhões na exploração dos 142 blocos concedidos, de 289 ofertados, o ágio total sobre o valor mínimo previsto para a rodada foi de 797,81%. "Isso é espantoso, grandioso", disse a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard. Ela também ficou satisfeita com o interesse das empresas pelas áreas terrestres promissoras em gás no Nordeste. Isso abre boa perspectiva para os leilões da 12ª Rodada, prevista para outubro, cujo foco será a produção de gás natural, inclusive o gás de xisto, o "shale gas", atual vedete do mercado internacional dehidrocarbonetos. Para novembro está prevista a primeira rodada de licitações do pré-sal, já sob o sistema de partilha da produção.
A presença de 18 empresas estrangeiras, de 11 países, entre as 30 vencedoras dos leilões foi outro ponto destacado pela diretora da ANP como sinal do sucesso da rodada. Mas as empresas da China e do Japão, que estavam inscritas, não participaram e a GDF Suez não fez ofertas. Magda preferiu comemorar a volta da francesa Total às licitações brasileiras e a consolidação da BG como operadora em águas profundas. Surpresa foi a forte presença da OGX, do empresário Eike Batista, que arrematou 13 blocos, três deles sem parceiros.
A 11ª Rodada de licitações de áreas para exploração de petróleo e gás, programada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para terminar hoje, foi concluída em um único dia (ontem), e mereceu forte comemoração do governo. A arrecadação, que será depositada até o dia 6 de agosto, é recorde: R$ 2,82 bilhões em bônus de concessão, mais de R$ 700 milhões acima dos R$ 2,1 bilhões obtidos emnovembro de 2007, na 9ª Rodada. Foi também batido o recorde de bônus por um só bloco, sendo oferecido R$ 345,9 milhões para o FZA-M-57, bloco na Foz do Amazonas, arrematado pelo consórcio formado pela francesa Total, a brasileira Petrobras e a britânica BP.
Como esperado, houve grande disputa pelos blocos em águas ultraprofundas da margem equatorial - que englobam os Estados do Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte -, arrematados por gigantes como Chevron, Exxon, BP, BHP Billiton e Petrobras. O ágio sobre o valor mínimo previsto para a rodada foi de 797,8% e a expectativa de investimentos, só na exploração dos 142 blocos concedidos, de289 ofertados, é de R$ 7 bilhões.
"Isso é espantoso, muito bacana e grandioso", comemorou a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard. Ela mostrou-se particularmente satisfeita com o apetite das empresas pelas áreas terrestres promissoras em gás dos Estados do Maranhão, Piauí, Paraíba e Bahia. No seu entendimento, esse apetite abre perspectivas de sucesso para os leilões da 12ª Rodada, prevista para outubro, cujo foco será a produção de gás natural, inclusive o promissor gás de xisto, atual vedete do mercado internacional de hidrocarbonetos.
Para novembro está prevista a realização da primeira rodada de licitações da camada pré-sal, já na regra de partilha da produção e não na regra de concessão que caracteriza os leilões de outras bacias sedimentares que não a do pré-sal.
"O regime brasileiro é realmente de concessão. O pré-sal é uma exceção que gera campos com 5 bilhões, 8 bilhões, 10 bilhões de barrisde volume recuperável e isso é exceção em qualquer país do mundo", disse Magda ao comentar declaração do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), segundo a qual o sucesso do leilão de ontem devia-se ao regime de concessões que deveria prevalecer sobre o departilha. "A exceção vai ser tratada como exceção", afirmou a diretora da ANP, após destacar que o pré-sal representa apenas 2% das bacias sedimentares brasileiras.
A presença de 18 companhias estrangeiras, de onze países, entre as 30 empresas vencedoras dos leilões foi outro ponto destacado pela diretora da ANP como sinal de sucesso da rodada. Nem as ausências das empresas da China e do Japão que estavam inscritas - a GDF Suez também não fez ofertas - abalou a confiança da executiva. Entre as brasileiras, HRT e Barra passaram em branco. Magda não soube explicar as razões da falta, especialmente das chinesas, mas não admitiu a hipótese de que elas tenham optado por se preparar para oleilão do pré-sal.
Magda preferiu comemorar a volta da francesa Total às licitações brasileiras, a consolidação da BG como operadora em águas profundas - arrematou dez blocos, sendo seis sozinha e quatro em parceria com a Petrobras e a Petrogal -, a presença da OGX, do empresário Eike Batista, que vive um momento de crise, a cristalização da nacional Petra como operadora terrestre e da BP como operadora no mar.
Outro ponto destacado foi o fato de ter havido venda de blocos em todos os 23 setores de onze bacias sedimentares ofertados. Segundo a diretora da ANP, os bônus oferecidos terão que ser pagos até o dia 6 de agosto, quando se completarão 13 anos da assinatura dos contratos da rodada zero e que por isso foi definido como a data das assinaturas dos contratos da licitação de ontem.
O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), João Carlos De Luca, afirmou que a participação da OGX já era esperada por ele. "Toda empresa precisa abrir frentes exploratórias, precisa ter portfólio, gerar novas oportunidades", disse De Luca.
A empresa do grupo de Eike Batista arrematou 13 blocos exploratórios, sendo três deles em parceria. Dois desses blocos foram emconsórcio com a Exxon, companhia que não tinha mais ativos de exploração e produção no país. Os blocos arrematados foram POT-M-762, na Bacia Potiguar, e CE-M-603, na Bacia do Ceará. O consórcio, segundo De Luca, mostra o respeito da Exxon pela OGX. Quanto a ausência das asiáticas, De Luca lembrou que eles têm um perfil de buscar ativos que deem resultado em menor prazo.
De Luca contestou que a participação da Petrobras possa ser considerada tímida. "A Petrobras cumpriu o seu papel, que foi mais acentuado do que eu esperava", disse. O presidente do IBP ressaltou que a entrada de mais atores é importante para o mercado brasileiro e traz mais dinamismo para a indústria como um todo. A estatal brasileira arrematou em consórcio ou sozinha mais de 30 blocos, mas optou na maioria dos consórcios por abrir mão da condição de operadora.
Depois de ter sofrido acusações de autoridades brasileiras, após dois vazamentos detectados no Campo de Frade, localizado na Bacia deCampos, em novembro de 2011 e março de 2012, a Chevron arrematou um bloco na Bacia do Ceará, o CE-M-715, como operadora em um consórcio com a Ecopetrol.
Segundo avaliação de De Luca, o resultado da 11ª Rodada pode ser atribuído às oportunidades exploratórias, com potencial para encontrar reservas, e uma situação política estável. Esta rodada aconteceu mais de cinco anos após a última de grande porte, realizadaem 2007.
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