Mineração
Diário do Nordeste
13/09/2013 12h18
Ainda em negociação com possíveis investidores estrangeiros para a construção de uma laminadora no Ceará, o Grupo Aço Cearense tem a expectativa de iniciar no próximo ano a construção do empreendimento, cujo projeto prevê a produção anual de até um milhão de toneladas de aço laminado e a contratação de 1.500 a 2.000 trabalhadores durante a operação da usina.
A expectativa é que a laminadora do Grupo Aço Cearense produza cerca de um milhão de toneladas de aço laminado por ano, gerando entre 1.500 e 2.000 empregos durante sua operação.
Apesar da intenção de iniciar as obras em 2014, destaca o vice-presidente do grupo, Ian Corrêa, as datas e outros detalhes do projeto - que tem previsão de custo entre US$ 800 milhões e US$ 1
...Ainda em negociação com possíveis investidores estrangeiros para a construção de uma laminadora no Ceará, o Grupo Aço Cearense tem a expectativa de iniciar no próximo ano a construção do empreendimento, cujo projeto prevê a produção anual de até um milhão de toneladas de aço laminado e a contratação de 1.500 a 2.000 trabalhadores durante a operação da usina.
A expectativa é que a laminadora do Grupo Aço Cearense produza cerca de um milhão de toneladas de aço laminado por ano, gerando entre 1.500 e 2.000 empregos durante sua operação.
Apesar da intenção de iniciar as obras em 2014, destaca o vice-presidente do grupo, Ian Corrêa, as datas e outros detalhes do projeto - que tem previsão de custo entre US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão - ainda serão definidos, dependendo, sobretudo, dos contatos com investidores. Segundo Corrêa, a Aço Cearense tem dialogado com dois possíveis sócios - um asiático e um norte-americano. Ele disse, porém, não poder revelar as empresas, por conta de acordos de confidencialidade.
Em julho último, a sul-coreana Posco, uma das sócias da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), confirmou o interesse de se associar ao Grupo Aço Cearense para viabilizar a usina, segundo afirmou naquele mês o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Alexandre Pereira.
De acordo com Ian Corrêa, a intenção do grupo é que o investidor que participar do projeto entre não apenas com aporte financeiro, mas também com know-how. 'A gente busca sempre uma sinergia, a gente busca um parceiro que seja do ramo, que venha também a agregar ao projeto', ressalta.
Como parceiros e fornecedores ainda não foram definidos, salienta, a localização exata da usina ainda não foi definida. Conforme Corrêa, há a possibilidade de o empreendimento se instalar dentro da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Pecém.
Se isso acontecer, a laminadora gozará de isenções fiscais e precisará destinar 80% da produção à exportação.
De todo modo, comenta Corrêa, ainda que a planta não fique localizada na ZPE, a intenção é que ela fique na área do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), aproveitando a infraestrutura do local.
Relação com a CSP
Uma das possibilidades de relações comerciais da laminadora seria ter a CSP como fornecedora. Conforme Corrêa, esse cenário já foi discutido de modo informal, mas ainda não houve nenhum contato oficial para tratar do assunto.
O vice-presidente informa que a laminadora deverá demandar entre 1 milhão e 1,1 milhão de toneladas de placas de aço por ano. A CSP, por sua vez, irá produzir 3 milhões de toneladas de placas, das quais 80% - ou 2,4 milhões de toneladas terão de ser exportadas. Desse modo, a CSP não poderia ser a única fornecedora da laminadora.
Todavia, aponta, a proposta de reduzir de 80% para 60% a parte da produção que tem de ser exportada em uma ZPE - hoje em análise no Congresso Nacional - poderá ser benéfica à laminadora, principalmente por permitir que empresas instaladas na ZPE do Pecém possam destinar mais insumos ao empreendimento.
Empregos
Ainda conforme Corrêa, a usina, quando finalizada, deverá gerar entre1.500 e 2.000 postos de trabalho, enquanto, à etapa de construção, serão necessários em torno de 6 mil a 7 mil trabalhadores, 'dependendo do prazo em que ela (a laminadora) vai ser implantada'. Serão demandados, acrescenta, profissionais de vários níveis de qualificação.
Governo
De acordo com Ian Corrêa, o Governo do Estado tem acompanhado o projeto da laminadora. A respeito de possíveis incentivos fiscais à usina, o vice-presidente do grupo afirma que o assunto ainda não foi tratado de forma oficial com o governo, o que deve acontecer após mais definições no projeto.
Ampliação de unidades em operação é prioridade
Paralelo ao projeto de construir uma laminadora no Ceará, a ampliação das unidades já existentes é hoje uma das prioridades do Grupo Aço Cearense, que entre janeiro e agosto deste ano aumentou entre 10% e 11% sua produção, em comparação com o mesmo período de 2012.
'Ano a ano, o grupo está crescendo em termos de participação no mercado e também de produção', destaca o vice-presidente do grupo, Ian Corrêa, segundo quem, apesar do avanços, a empresa têm tido de lidar com alguns obstáculos que hoje se apresentam ao setor.
Entre os entraves, informa, está a oferta elevada de aço no mercado, além das recentes variações cambiais. Conforme Corrêa, o grupo tem buscado, para manter o ritmo de crescimento, prezar pelo leque extenso de produtos oferecidos no mercado, buscando penetração em vários segmentos.
Otimizar a gestão e promover uma redução dos custos, acrescenta, também estão entre as iniciativas adotadas. 'Nos momentos de dificuldade, a empresa tem que ser ágil o bastante para descobrir novas fontes de renda e não ficar simplesmente minguando', comenta. Atualmente, ilustra, os carros-chefe do grupo são itens como tubos de aço e vergalhões.
Mão de obra
De acordo com Corrêa, outra dificuldade para o setor é a contratação de trabalhadores qualificados, enquanto há, em muitos casos, alta disponibilidade de profissionais menos qualificados. 'A partir do momento que você precisa de um pouco mais de qualificação, você começa a ter mais dificuldade (para encontrar profissionais)', diz. Ele acrescenta que o grupo tem feito parcerias com entidades como a Federação das Indústrias do Ceará e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para capacitar profissionais.
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