Assessoria de Imprensa
28/07/2025 10h13 | Atualizada em 28/07/2025 10h31
As taxas de juros elevadas são apontadas como o principal problema da indústria da construção no 2º trimestre de 2025, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nesta segunda-feira (28).
O entrave foi citado por 37,7% dos empresários do setor, contra 35,3% no 1º trimestre do ano.
Segundo Isabella Bianchi, analista de Políticas e Indústria da CNI, a indústria da construção é muito penalizada pela elevação das taxas de juros.
...As taxas de juros elevadas são apontadas como o principal problema da indústria da construção no 2º trimestre de 2025, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nesta segunda-feira (28).
O entrave foi citado por 37,7% dos empresários do setor, contra 35,3% no 1º trimestre do ano.
Segundo Isabella Bianchi, analista de Políticas e Indústria da CNI, a indústria da construção é muito penalizada pela elevação das taxas de juros.
“Os juros altos afetam a indústria da construção de duas maneiras: encarecem o custo do crédito para o empresário que precisa de recursos para investir, e para o consumidor que deseja adquirir algum bem do setor”, explica Isabella.
Lembrada por 30,5% dos empresários, a alta carga tributária segue como o segundo principal problema da indústria da construção. No 1º trimestre, 27,8% dos empresários haviam mencionado a questão.
A terceira posição do ranking é ocupada pela falta ou alto custo de trabalhador qualificado. No 2º trimestre, o problema foi reportado por 24,6% dos industriais, enquanto, no 1º, por 27,1%.
Condições financeiras pioram - O índice de satisfação com a situação financeira caiu 1,4 ponto, fechando o 2º trimestre em 45 pontos. Abaixo da linha de 50 pontos, o indicador reflete maior insatisfação dos empresários com as finanças de seus negócios.
Os índices de satisfação com o lucro operacional e de facilidade de acesso ao crédito também caíram, de 42,8 para 42,5 pontos e de 37,4 para 35,5 pontos, respectivamente. Isso indica maior insatisfação com os lucros e dificuldades crescentes para obter crédito.
Por outro lado, houve desaceleração nos preços de insumos e matérias-primas. O índice que mede a evolução do preço médio desses itens recuou 3,7 pontos, para 60,9 pontos, na passagem do 1º para o 2º trimestre.
Atividade avança, mas emprego e UCO recuam - Em junho, o índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção ficou em 48,8 pontos, após avançar frente a maio. O resultado foi inferior ao registrado no mesmo mês em 2024 e em 2023, quando o indicador marcou 49,9 pontos. Vale lembrar que, quanto menor o índice, pior o desempenho do setor.
Já o índice de evolução do número de empregados caiu de maio para junho. O indicador registra 48,3 pontos, abaixo do patamar visto no mesmo mês em 2024 e em 2023, quando registrou 48,8 pontos e 50 pontos, respectivamente.
Depois de sete meses consecutivos em 67%, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) da indústria da construção caiu 1 ponto percentual, para 66%. A UCO está dois pontos percentuais abaixo do nível visto em junho de 2024 (68%) e 1 ponto percentual abaixo de junho de 2023 (67%).
Confiança e intenção de investimento em queda - Em julho de 2025, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção caiu 0,4 ponto, para 47,1 pontos.
Ao se afastar da linha divisória de 50 pontos, o indicador revela que a falta de confiança se intensificou entre os industriais do setor. A deterioração da confiança se deve, principalmente, à avaliação negativa sobre as condições atuais das empresas e da economia brasileira.
O índice de intenção de investimento caiu 2,4 pontos de junho para julho. Agora, o indicador registra 40,4 pontos, 2,3 pontos percentuais acima da média histórica.
Expectativas - Apesar do momento negativo, os empresários seguem otimistas para o segundo semestre de 2025. O índice de expectativa de número de empregados avançou 1,9 ponto frente a junho, chegando aos 52,9 pontos. O índice de expectativa de compras de insumos e matérias-primas subiu 1,1 ponto, para 52,2 pontos.
Por outro lado, o índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços recuou 0,8 ponto, para 50,5 pontos, enquanto o de nível de atividade permaneceu em 53,1 pontos.
Todos os indicadores continuam acima dos 50 pontos, revelando que os industriais têm perspectivas positivas para os próximos seis meses.
Para esta edição da Sondagem Indústria da Construção, a CNI consultou 305 empresas, sendo 118 pequenas, 123 médias e 64 grandes, entre 1º e 10 de julho de 2025.
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