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Investimento em siderurgia reduz risco da Vale

A investida da Vale em siderurgia no Brasil dilui riscos e não afeta a rentabilidade da empresa. Os investimentos da mineradora em quatro projetos siderúrgicos ainda estão sendo definidos, mas projeções do mercado já mostram que o novo negócio não represe

Último Segundo

12/11/2009 17h41 | Atualizada em 12/11/2009 20h14


“Se somarmos os investimentos em todos estes projetos e considerarmos a remota possibilidade de que a Vale seja majoritária, a soma não dará nem 11% do valor total da empresa”, diz Marcelo Aguiar, analista do banco de investimentos Goldman Sachs. Pela cotação de 9 de novembro, o valor de mercado da mineradora estava em US$ 141 bilhões.

Projeções da Vale indicam que a Companhia Siderurgia de Pecém (CSP), no Ceará, e a Aços Laminados do Pará (Alpa) vão requerer investimentos de US$ 4 bilhões e US$ 2,76 bilhões, respectivamente. Os gastos na Companhia Siderúrgica do UBU (CSU), no Espírito Santo, estão estimados em US$ 6 bilhões, considerando que a produção de cada tonelada de aço custe US$ 1,2 mil (média definida pelo Goldman Sachs)

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“Se somarmos os investimentos em todos estes projetos e considerarmos a remota possibilidade de que a Vale seja majoritária, a soma não dará nem 11% do valor total da empresa”, diz Marcelo Aguiar, analista do banco de investimentos Goldman Sachs. Pela cotação de 9 de novembro, o valor de mercado da mineradora estava em US$ 141 bilhões.

Projeções da Vale indicam que a Companhia Siderurgia de Pecém (CSP), no Ceará, e a Aços Laminados do Pará (Alpa) vão requerer investimentos de US$ 4 bilhões e US$ 2,76 bilhões, respectivamente. Os gastos na Companhia Siderúrgica do UBU (CSU), no Espírito Santo, estão estimados em US$ 6 bilhões, considerando que a produção de cada tonelada de aço custe US$ 1,2 mil (média definida pelo Goldman Sachs). Na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), na qual a Vale tem 26,8% do total do capital,  os investimentos da mineradora somam de US$ 2,1 bilhões.

A soma dos empreendimentos deverá variar de US$ 14 bilhões a US$ 15 bilhões. A siderurgia representa apenas 2,7% dos investimentos da companhia previstos para 2010.

Segundo uma fonte consultada pelo iG, a parceria entre a ArcelorMittal e a Vale no projeto da siderúrgica em Ubu, no Espírito Santo, ainda não foi completamente selada. O interesse da multinacional é conhecido, mas faltam acertos entre as duas empresas para a definição da participação de cada uma na usina. O projeto foi concebido inicialmente para ter como investidores a Vale e a chinesa Baosteel, mas os chineses não levaram o projeto adiante, depois de algumas modificações feitas pelo governo capixaba e da crise econômica que afetou o setor. “Mas nada impede que voltem a conversar”, diz Gilberto Cardoso, do Banif. Com capacidade prevista para produzir 5 milhões de toneladas de aço por ano, a usina começa a funcionar em 2014, segundo os planos da Vale.

“A entrada da Vale na siderurgia vai aumentar o fornecimento de minério de ferro para o mercado local e, com isso, diluirá o risco de estar limitada ao mercado externo", afirma Cardoso. "Essa estratégia melhorará seu portfólio e diminuirá seu risco, desde que seja minoritária nesses investimentos.”

Aguiar também pondera que a mineradora deve manter seus planos de entrar como sócia minoritária na siderurgia. A margem de rentabilidade na mineração, o carro-chefe da Vale, é cerca de três vezes maior que o retorno da siderurgia, segundo o especialista.

A Vale vem diversificando suas atividades nos últimos anos. Expandiu a exploração de níquel, cobre, carvão e, agora, começa a intensificar também projetos em fertilizantes, com a possibilidade de adquirir ativos no ramo. Procurada, a companhia não comenta o assunto, mas o mercado avalia que a empresa vai entrar com força no segmento, impulsionada pelo forte aumento da demanda. Outros investidores também têm consultado analistas sobre este mercado.

Dos R$ 12,9 bilhões de investimentos anunciados pela empresa para 2010, 30% serão destinados a projetos de minerais ferrosos. Os não ferrosos serão responsáveis por uma parcela maior, de cerca de 32%. Este movimento de desconcentração da empresa para além do minério de ferro pode ser visto também em anos anteriores.

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