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Infraestrutura em Pecém atrai empresas

Instalação do terminal de Regaseificação no Pecém ampliou a possibilidade de geração de energia por meio de gás. São mais sete milhões de metros cúbicos

Diário do Nordeste/CE

01/02/2010 11h00


A oferta de água para o Pecém está sendo garantida com a construção do trecho cinco do Eixão das Águas.

Ainda é possível encontrar áreas sendo ofertadas ao longo da estrada. Preços tendem a subir no médio prazo.

Entre os fatores que mais pesam na hora de uma empresa decidir onde irá instalar uma nova unidade, estão, sem dúvida, a logística oferecida no ambiente para transporte e escoamento de seus produtos e a oferta de água e infraestrutura energética para as operações de seu parque fabril. Obras que deverão dotar o Complexo Industrial e Portuário do Pecém já vêm sendo realizadas e ainda mobilizarão muitos recursos e mão-de-obra no local nos próximos anos.

O presidente da Adece, Antônio Balhmann, destaca a i

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A oferta de água para o Pecém está sendo garantida com a construção do trecho cinco do Eixão das Águas.

Ainda é possível encontrar áreas sendo ofertadas ao longo da estrada. Preços tendem a subir no médio prazo.

Entre os fatores que mais pesam na hora de uma empresa decidir onde irá instalar uma nova unidade, estão, sem dúvida, a logística oferecida no ambiente para transporte e escoamento de seus produtos e a oferta de água e infraestrutura energética para as operações de seu parque fabril. Obras que deverão dotar o Complexo Industrial e Portuário do Pecém já vêm sendo realizadas e ainda mobilizarão muitos recursos e mão-de-obra no local nos próximos anos.

O presidente da Adece, Antônio Balhmann, destaca a importância da instalação do Terminal de Regaseificação do Pecém, pertencente à Petrobras e operado pelo navio Golar Spirit, primeira embarcação adaptada para realizar esse processo no mundo. "O Ceará tinha disponíveis dois milhões de metros cúbicos de gás. Com esse volume, nós não poderíamos ampliar, com alternativa gás, a estratégia de geração de energia elétrica. Com a chegada do novo terminal, são mais sete milhões de metros cúbicos de gás", destaca.

Distribuição de gás
A distribuição desse gás está sendo resolvida no momento, com a construção de dois pontos de entrega (PE Pecém e PE José de Alencar), em curso pela Petrobras. A construção da modernização do PE Pecém, por exemplo, que liga o GNL (gás natural liquefeito) do Pecém ao Gasfor, está em obras desde julho do ano passado, indo até maio deste ano, e empregando cerca de 70 pessoas.

Energia
A construção de mais uma subestação de energia no complexo também contribuirá para gerar uma maior segurança energética para as empresas que se instalarem no local. A Subestação Pecém II, com capacidade de transformação de 3.600 Mega Volts Amper (MVA) e tensão de 500/230 kV, deve somar investimentos de R$ 140 milhões, e deve iniciar suas obras em abril ou maio.

Água
Além da energia, a oferta de água está sendo garantida com a construção do trecho 5 do Eixão das Águas, trazendo cinco metros cúbicos de água bruta por segundo ao complexo.

A ordem de serviço do trecho foi assinada em dezembro passado, e as obras deverão ser concluídas em um prazo de 15 meses contando da assinatura do documento.

Balhmann ressalta também a construção da Transnordestina, que integrará a estrutura produtiva do Nordeste com as demais regiões brasileiras, criando acesso direto aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém. No Ceará, as obras ainda não começaram, entretanto, os recursos já estão garantidos. (SS)

Tendencia é aumentar
Preço de terreno valoriza

Seja para compra ou aluguel, o valor dos imóveis no complexo industrial garante renda extra para os moradores

Antônio Carlos, morador de Caucaia, dentro do complexo industrial, possui quatro lotes de terra nas imediações, mas não quer vender. O motivo é mais que justificável: "O lote de 15 por 30 metros, que estava sendo vendido por R$ 500, hoje vale cerca de cerca de R$ 5 mil.

"Comprei os quatro lotes há quatro anos, mas não vendo, a tendência é valorizar", explica. A visão estratégica de Carlos já se torna comum entre os proprietários de terra do CIPP.

Antônio Carlos diz que já comprou os terrenos pensando em construir casas para alugar. De lá pra cá, o valor de suas terras já valorizou mais de 200%, ou seja, o preço para venda mais que triplicou.

"Se eu abrir a boca para vender, eu vendo ligeiro, mas não quero", garante. Segundo ele, boa parte dos lotes nos arredores de onde mora, na rodovia Estruturante, estrada para o porto, está vendida. Entretanto, ainda é possível encontrar áreas sendo ofertadas pela estrada. Faixas oferecendo lotes de frente para o asfalto podem ainda ser encontradas na estrada.

João Abençoado, pequeno empresário local, e que acompanha as mudanças que vão ocorrendo por lá, comprova a valorização dos terrenos. "Tem muita gente comprando lote, e tem que comprar logo, porque vai valorizar ainda mais", diz.

"Nossos terrenos, há alguns anos, não valiam nada. Agora, venderam um terreno de 12 por 100, só comprimento, por R$ 18 mil. Isso porque fica no beiço da pista", aponta.

E quem não pretende vender terreno, também está aproveitando para alugar. "Tem casa aqui no Pecém sendo alugada a R$ 2 mil por mês. É preço de apartamento na Beira-mar", conta um funcionário da Cearáportos, que administra o Porto do Pecém.

Casas de veraneio, que antes eram alugadas para turistas, já são alugadas agora por temporada para empresários. Enquanto não chegam novas estruturas hoteleiras na região, a população vai assim já garantindo uma nova renda. (SS)

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