Metrópoles
26/04/2023 08h30 | Atualizada em 26/04/2023 13h55
As indústrias apontam as taxas de juros elevadas como o principal motivo para a falta de crescimento da produção industrial no primeiro trimestre de 2023.
Isso é o que indica a Sondagem Industrial, levantamento produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado na semana passada
O monitoramento mensal consultou mais de 1.600 empresários de pequeno, médio e grande portes de todo Brasil. Os empresários citaram outros entraves como a elevada carga tributária e a demanda interna insuficiente.
Economistas da CNI destacam que as queixas sobre os juros altos praticados no país têm ganhado cada vez mais relev&acir
...As indústrias apontam as taxas de juros elevadas como o principal motivo para a falta de crescimento da produção industrial no primeiro trimestre de 2023.
Isso é o que indica a Sondagem Industrial, levantamento produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado na semana passada
O monitoramento mensal consultou mais de 1.600 empresários de pequeno, médio e grande portes de todo Brasil. Os empresários citaram outros entraves como a elevada carga tributária e a demanda interna insuficiente.
Economistas da CNI destacam que as queixas sobre os juros altos praticados no país têm ganhado cada vez mais relevância e, no período do levantamento, alcançou o maior índice de citações entre todos os obstáculos que impedem que as indústrias cresçam.
A questão alcançou o maior patamar de menções de toda a série histórica (28,8%). Desde 2022, em todos os trimestres, os juros altos têm figurado entre os motivos que mais afetam o setor industrial e tiveram um percentual de citação acima de 20% consecutivamente.
“Essa percepção por parte dos empresários afeta outras questões diretamente ligadas aos juros, agravando a percepção de demanda interna insuficiente, aumentando a dificuldade de obter crédito e influenciando os investimentos”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
A Sondagem Industrial revela que os empresários industriais reclamam da deterioração de suas condições financeiras. Houve queda da margem de lucro, que recuou de 47,3 pontos para 44,8 pontos, e piora da saúde financeira das indústrias, que caiu de 51,8 pontos para 49,7 pontos.
O índice que mensura a facilidade de acesso ao crédito apresentou queda expressiva de 4,7 pontos no trimestre, passando de 42,7 pontos para 38,0 pontos.
O indicador ficou não só abaixo da linha divisória de 50 pontos, como também abaixo da média da série histórica, de 39,8 pontos.
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