Valor Econômico
21/08/2024 10h43 | Atualizada em 21/08/2024 12h08
Após décadas de crescimento vertiginoso, a indústria siderúrgica chinesa ensaia estabilizar a produção de aço, abrindo caminho para que outro país asiático amplie, também aceleradamente, sua participação no mercado mundial dessa commodity: a Índia.
“Nos próximos dez anos, o consumo indiano de aço deve saltar dos atuais 8% para 17%”, prevê Thaís Terzian, da consultoria inglesa CRU Group, que participou de painel no Congresso Aço Brasil, no início de agosto, em São Paulo.
Trata-se de uma expansão apoiada no carvão barato de que a Índia dispõe,
...Após décadas de crescimento vertiginoso, a indústria siderúrgica chinesa ensaia estabilizar a produção de aço, abrindo caminho para que outro país asiático amplie, também aceleradamente, sua participação no mercado mundial dessa commodity: a Índia.
“Nos próximos dez anos, o consumo indiano de aço deve saltar dos atuais 8% para 17%”, prevê Thaís Terzian, da consultoria inglesa CRU Group, que participou de painel no Congresso Aço Brasil, no início de agosto, em São Paulo.
Trata-se de uma expansão apoiada no carvão barato de que a Índia dispõe, sem grandes preocupações com o processo de descarbonização na siderurgia para conter o aquecimento global, providência considerada indispensável pelo Acordo de Paris, assinado por 195 países em 2015.
Vale lembrar que a Índia só se comprometeu em reduzir as emissões de CO2 – como estabelecido naquele tratado internacional sobre mudanças climáticas – em 2070.
É o compromisso de mais longo prazo entre os grandes produtores mundiais de aço. A título de comparação, a União Europeia e o Japão se comprometeram a zerar as emissões até 2050, e a China, até 2060
Além de se consolidar como o segundo maior produtor mundial de aço em 2035, a Índia também deverá assumir o posto de terceira maior economia global nesse mesmo ano, superando Japão e Alemanha e ficando atrás apenas de China e Estados Unidos. Esta, pelo menos, é a projeção de outra consultoria inglesa, a Centre for Economics and Business Research (CEBR), baseada na sustentação, ao longo da próxima década, da taxa atual de crescimento do PIB indiano, em torno de 6,5% ao ano.
Ao considerar as tendências do mercado de aço num período maior, envolvendo os próximos 25 anos, estudo do CRU Group já posiciona a Índia como o maior exportador mundial de aço em 2050.
Um dado curioso no cenário traçado por essa consultoria, especializada em metais e mineração, é a aposta no Oriente Médio como futura região exportadora de aço verde.
O início dessa história, aliás, pode ter sido a assinatura, um ano atrás, de acordos da brasileira Vale com autoridades de Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Sultanato de Omã para a produção de aço com fornos alimentados por gás natural, num primeiro momento, e depois por hidrogênio verde.
A entrada em operação do primeiro hub dessas parcerias está prevista para 2027.
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