De acordo com o Global Cement Report, espera-se que o consumo global de cimento cresça de forma constante na próxima década.

No entanto, há desafios. Apesar de seu papel fundamental no desenvolvimento, o setor ficou atrás de outras indústrias pesadas na adoção de ferramentas digitais, por exemplo.

“Embora setores como petróleo e gás, geração de energia e manufatura discreta tenham adotado análise de dados, IoT industrial e IA (Inteligência Artificial) para impulsionar eficiência e confiabilidade, muitas fábricas de cimento ainda dependem de estratégias de manutenção reativa ou preventiva e sistemas legados”, avalia a Aveva.

O resultado, acentua a empresa, é uma indústria caracterizada por altos custos operacionais, equipamentos obsoletos e paradas não planejadas frequentes.

Paradas não planejadas podem representar entre 10% e 15% do tempo total de operação da indústria, segundo relatório divulgado pela World Cement.

Já o custo dessas paradas é alto, variando de US$ 30 mil a US$ 100 mil por hora, dependendo do tamanho e da capacidade da planta.

Buscando fazer frente ao desafio, o setor de cimento caminha para mudar o cenário.

À medida que a concorrência global se intensifica e as pressões de custo aumentam, a transformação digital e, em particular, a manutenção preditiva devem despontar como um caminho para impulsionar o desempenho.

De acordo com Glenn Kerkhoff, diretor global da indústria de mineração, metais e minerais da Aveva, a chave para atingir essas metas está na adoção de estratégias de manutenção preditiva impulsionadas por IA.

“A manutenção preditiva não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas um pilar estratégico para aumentar a confiabilidade dos ativos e garantir a continuidade operacional”, afirma Kerkhoff.

“A IA permite antecipar falhas antes que elas ocorram, otimizando recursos e reduzindo significativamente o tempo de inatividade”, aponta.

Segundo o diretor, a manutenção preditiva baseada em IA está se consolidando como uma estratégia comprovada para aumentar a confiabilidade e a lucratividade em ambientes industriais complexos.

“Não se trata apenas de tecnologia, mas de como as fábricas de cimento podem operar de forma mais inteligente, responder mais rápido e crescer de forma sustentável”, conclui Kerkhoff.

“Estamos ajudando o setor em sua jornada em direção a um modelo operacional mais ágil, eficiente e preparado para o futuro”, conclui.