No contexto da construção civil, a alfabetização oferece mais do que o conhecimento necessário para levantar um muro; ela também pavimenta o caminho para alcançar objetivos maiores.

Realizar um cálculo corretamente não só garante a conclusão de uma tarefa com sucesso, muitas vezes traz a satisfação de contribuir para a inclusão.

Foi com essa visão que a Helbor Empreendimentos S/A, em parceria com o Instituto Alicerce, lançou o projeto Incorporando Conhecimento, uma iniciativa que vai além da capacitação profissional e transforma vidas.

No segundo semestre de 2023, a Helbor deu início a esse projeto, reafirmando o compromisso da companhia com sua agenda ESG e a busca por impacto social positivo.

O Incorporando Conhecimento visa estreitar os laços entre a empresa e os trabalhadores diretamente envolvidos nas obras realizadas pelas construtoras parceiras, proporcionando não apenas uma melhoria na qualificação profissional, mas também na vida pessoal desses operários.

A iniciativa também se alinha com o contexto nacional, onde o IBGE aponta que 9,3 milhões de brasileiros ainda são analfabetos, sendo a grande maioria com mais de 40 anos.

Além disso, 46% da população brasileira ainda não completou a escolaridade básica, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2023, o que torna projetos como esses essenciais para a inclusão e desenvolvimento social.

Com o objetivo de concretizar essa missão, o Instituto Alicerce oferece disciplinas essenciais de português e matemática, com foco no desenvolvimento de competências emocionais e sociais, fundamentais ao crescimento e à integração dos alunos na sociedade.

A metodologia aplicada permite um acompanhamento contínuo do progresso dos trabalhadores, com avaliações bimestrais que garantem os ajustes necessários ao cumprimento dos objetivos educacionais.

“Essas aulas estão me ajudando em muitas coisas. Eu tinha bastante dificuldade em leitura e em fazer contas, mas agora, por conta das aulas, estou conseguindo ler melhor e aprendi a fazer cálculos. Além disso, antes eu trocava muito as palavras para escrever e hoje eu consigo fazer isso muito melhor”, afirma o operador Joaquim Rodrigues, de 57 anos.

O analfabetismo no Brasil está em queda, mas a situação ainda é alarmante. Os dados mais recentes, divulgados em maio deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que 11,4 milhões de brasileiros não sabiam ler e escrever.

O estudo Censo 2022 – Alfabetização: Resultados do Universo revelou ainda que desse total, 61% das pessoas tinham 55 anos ou mais, como o operador Rodrigues, e que 459,2 mil analfabetos eram jovens de 15 a 24 anos.

A Helbor e o Instituto Alicerce estão comprometidos em contribuir ainda mais para essa tendência positiva.

O setor tem se destacado por trazer a educação para dentro dos canteiros de obras, um movimento apoiado por sindicatos e entidades da sociedade civil que garantiu o ensino a milhares de trabalhadores ao longo dos anos.

Essa iniciativa, afirma Roberval Toffoli, vice-presidente de Governança Corporativa da Helbor, estará presente em todos os futuros lançamentos da Helbor, reafirmando o compromisso com a educação no setor. A primeira turma de trabalhadores do canteiro de obras do Fazenda Itapety já concluiu sua formação, marcando o início dessa jornada transformadora.

O Instituto Alicerce, assim como a Helbor, são signatários do Pacto Global das Nações Unidas e tem uma história de impacto expressiva: cerca de 25 mil pessoas educadas e mais de 200 empresas apoiadas em suas jornadas de transformação social.

No projeto com a Helbor, o Instituto oferece aulas presenciais nos próprios canteiros de obras, com duração de 1h30 a 2h15, de duas a três vezes por semana.

"A Helbor acredita que o projeto Incorporando Conhecimento não se resume a promover a excelência nas funções desempenhadas nos canteiros de obras. Nossa missão é também contribuir de forma significativa para o futuro desses trabalhadores e para o bem-estar da sociedade. Por isso, resolvemos que, apesar de os operários não serem nossos colaboradores diretos, seria uma medida importante para que essas pessoas que atuam na execução dos empreendimentos possam ter acesso à educação por meio desse trabalho", afirma Toffoli.