Mineração
Reuters
25/10/2013 14h44
A medida autoriza também a extração de terras-raras, minérios usados em produtos tecnológicos como turbinas eólicas, smartphones e veículos híbridos. Esses minérios atualmente são extraídos principalmente na China.
Com o degelo do mar ao redor da Groenlândia e a abertura de novas rotas marítimas no Ártico, a Groenlândia tem deixado seu isolamento e atraído a atenção geopolítica da China, da União Europeia e de outros países, graças à sua riqueza mineral inexplorada.
"Não podemos viver com desemprego e com aumentos do custo de vida enquanto nossa economia está em ponto morto. É portanto necessário que eliminamos a tolerância zero com relação ao urânio agora", disse a primeira-ministra Aleqa Hammond durante o debate, na qui
...A medida autoriza também a extração de terras-raras, minérios usados em produtos tecnológicos como turbinas eólicas, smartphones e veículos híbridos. Esses minérios atualmente são extraídos principalmente na China.
Com o degelo do mar ao redor da Groenlândia e a abertura de novas rotas marítimas no Ártico, a Groenlândia tem deixado seu isolamento e atraído a atenção geopolítica da China, da União Europeia e de outros países, graças à sua riqueza mineral inexplorada.
"Não podemos viver com desemprego e com aumentos do custo de vida enquanto nossa economia está em ponto morto. É portanto necessário que eliminamos a tolerância zero com relação ao urânio agora", disse a primeira-ministra Aleqa Hammond durante o debate, na quinta-feira, segundo relato do jornal local Sermitisiaq.
O debate foi acalorado, e a aprovação foi por 15 x 14 votos.
A possibilidade de extração de urânio na Groenlândia é criticada por grupos ambientalistas. Antes da votação, ONGs alertaram que a mineração de urânio na maior ilha do mundo pode ameaçar o intocado ecossistema do Ártico.
Embora a Groenlândia tenha governo autônomo, ela ainda é parte do Reino da Dinamarca, que continua tomando decisões referentes a questões de segurança e defesa. Por isso, a decisão sobre o urânio poderá ser submetida ao Parlamento dinamarquês, causando um possível atrito entre os dois governos.
"Ações concretas a respeito da mineração e exportação de urânio terão potencialmente implicações abrangentes para as políticas externa, de defesa e de segurança, e como tal são questão para o Reino", disse o ministro dinamarquês de Comércio e Assuntos Europeus em nota após a votação no Parlamento groenlandês.
A política de "tolerância zero" sobre a mineração de materiais radiativos foi herdada da Dinamarca, mas a ilha está ávida por desenvolver a mineração para que o território possa oferecer serviços sociais e empregos a seus 57 mil habitantes, a maioria dos quais inuits (esquimós).
Desde que a Groenlândia conquistou governo próprio, em 2009, a maioria dos políticos busca uma autonomia maior e finalmente a independência. Faturando mais com minérios ou petróleo, a Groenlândia espera poder abrir mão da verba dinamarquesa anual que representa mais de metade do orçamento da ilha.
Analistas dizem, no entanto, que as operações de mineração ainda devem demorar vários anos para começar.
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