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Governo tenta montar plano que evite térmicas

Objetivo é leiloar usinas a gás somente quando não houver licença ambiental para hidrelétricas

iG Rio de Janeiro

04/05/2010 13h52


Assim como as usinas que geram energia a óleo combustível e a carvão, térmicas movidas a gás natural tendem a ficar de fora do plano de expansão de geração elétrica, no que depender do governo. O plano é leiloar projetos de térmicas movidas a gás somente quando não tiverem sido obtidas licenças ambientais para hidrelétricas, disse ao iG o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, responsável pelo planejamento do setor.

A premissa de incluir apenas fontes renováveis nos novos projetos de energia orienta o próximo Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica, que será divulgado nesta terça-feira pela estatal responsável pelo planejamento do setor. “Não estou dizendo que não vamos licitar térmicas", d

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Assim como as usinas que geram energia a óleo combustível e a carvão, térmicas movidas a gás natural tendem a ficar de fora do plano de expansão de geração elétrica, no que depender do governo. O plano é leiloar projetos de térmicas movidas a gás somente quando não tiverem sido obtidas licenças ambientais para hidrelétricas, disse ao iG o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, responsável pelo planejamento do setor.

A premissa de incluir apenas fontes renováveis nos novos projetos de energia orienta o próximo Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica, que será divulgado nesta terça-feira pela estatal responsável pelo planejamento do setor. “Não estou dizendo que não vamos licitar térmicas", diz Tomalsquim. "Vamos licitá-las se houver necessidade, quando não houver licença para as hidrelétricas."

A decisão de evitar as térmicas daqui para frente inverte o caminho que o País encontrou nos últimos ano para escapar do déficit de energia. Nos leilões de energia nova implementados para ampliar a oferta de eletricidade, o governo licitou usinas poluentes como forma de compensar projetos hidrelétricos que não saíram do papel. Nos últimos dois anos, as térmicas responderam por dois terços da energia nova comercializada no mercado, segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

Ponto fora da curva
"Não tem mais espaço para energia suja na nossa matriz e vamos compensar isso com fontes alternativas", afirma Tolmasquim. De acordo com estudo divulgado na semana passada pela EPE, as fontes renováveis ampliaram presença na matriz energética no ano passado, para 47,3% de toda a energia consumida no País. Mas foi um ponto fora da curva, já que a crise econômica inibiu o consumo de carvão por siderúrgicas e as chuvas abundantes estimularam a produção das hidrelétricas, em detrimento das térmicas.

Em relatório sobre a geração de energia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informa a instalação de pelo menos 60 térmicas no País. Elas funcionam como uma espécie de seguro, despachando energia para suprir a demanda quando falta geração hidráulica. A prioridade de funcionamento é da energia mais barata, proveniente de hidrelétricas.

"Temos uma safra de usinas hidrelétricas a serem licitadas, com mais facilidade de obter licenciamento ambiental porque desenvolvemos uma política de planejamento no setor, desenvolvendo estudos de viabilidade e de impacto ambiental que vão dar mais consistência ao setor", afirma Tolmasquim.

Menos de um quarto de Belo Monte
Conforme o iG noticiou, o governo finaliza ou tem prontos 23 projetos de hidrelétricos no País. Deste total, segundo Tolmasquim, a EPE pretende leiloar 13 hidrelétricas ainda neste ano, para suprir a necessidade de eletricidade dos próximos anos.

Pelo menos quatro usinas hidrelétricas que o governo planeja licitar neste ano têm estudos concluídos de impacto ambiental e de potencial hidrelétrico. Os projetos somam 2.378 MegaWatts (MW) de potência instalada, menos de um quarto da capacidade de geração de Belo Monte. A maior delas, a usina de Teles Pires, no Rio Tocantins, tem capacidade para 1.820 MW e previsão de entrada em operação em 2015.

As outras com estudos prontos previstas para leilão em 2010 são: Ribeiro Gonçaves (113 MW), localizada no rio Parnaíba, entre Piauí e Maranhão; Telêmaco Borba (120 MW), no rio Tibagi, no Paraná, e Pedra Branca (320 MW), no rio São Francisco, entre Pernambuco e Bahia. A usina de Tabajara, no rio Ji-Paraná, em Rondônia, tem estudos concluídos, mas não está na lista dos projetos para 2010.

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