Diário do Comércio
12/03/2025 08h00
O governo federal poderá fazer uma relicitação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), dividida em trechos, caso não chegue a um acordo para a renovação antecipada da concessão com a atual administradora da malha ferroviária, a VLI Logística, revelou o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Theo Sampaio.
Em entrevista ao Diário do Comércio durante a cerimônia de início das operações da Via Cristais, concessionária do grupo francês Vinci Highways, nova operadora da BR-040 entre Belo Horizonte e Cristalina (GO), o diretor da agência disse que
...O governo federal poderá fazer uma relicitação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), dividida em trechos, caso não chegue a um acordo para a renovação antecipada da concessão com a atual administradora da malha ferroviária, a VLI Logística, revelou o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Theo Sampaio.
Em entrevista ao Diário do Comércio durante a cerimônia de início das operações da Via Cristais, concessionária do grupo francês Vinci Highways, nova operadora da BR-040 entre Belo Horizonte e Cristalina (GO), o diretor da agência disse que as negociações entre o Ministério dos Transportes e a VLI continuam, mas que o ministro da pasta, Renan Filho (MDB), trabalha com outras alternativas.
A opção seria uma nova licitação da FCA, com divisão de trechos que seriam levados a leilão em busca de outros interessados. Nesta semana, a agência Infra S.A. começou a entregar ao Ministério dos Transportes os estudos de viabilidade de uma possível relicitação dos trechos da ferrovia por lotes.
O diretor da ANTT afirmou que os estudos serão comparados na mesa de negociações com a proposta que a VLI apresentar e que a decisão será tomada em breve.
“O objetivo é realmente fazer algo mais interessante para o olhar público, justamente naquele processo de valorar as propostas da concessionária e também a modelagem dos estudos. Está num momento muito importante das tratativas, que, em breve, no final deste mês, mais tardar no início do outro, tem uma definição de política pública”, declarou Theo Sampaio.
O diretor da agência garantiu que, caso o Ministério dos Transportes não chegue a um acordo para renovação antecipada da concessão da FCA à VLI, a ferrovia será concedida a novos operadores.
A Ferrovia Centro-Atlântica é a maior linha férrea em extensão do Brasil, com 7,2 mil quilômetros ao longo de sete estados e o Distrito Federal (DF).
Além de Minas Gerais, a FCA passa pela Bahia, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. A ferrovia é responsável por cerca de 65,3% das 61,2 milhões de toneladas de cargas transportadas pela VLI em todas suas ferrovias.
Em Minas Gerais, estado onde a maior parte das cargas da FCA são transportadas, a estimativa da companhia de logística é que, caso a renovação antecipada da concessão aconteça, o volume transportado aumente 32% ao longo do novo ciclo – a capacidade dos trilhos mineiros da Ferrovia Centro-Atlântica sairia das atuais 35,8 milhões de toneladas para 47,3 milhões de toneladas.
As projeções da VLI no volume de carga transportada na FCA em Minas Gerais se devem a estudos de demanda que projetam o crescimento de setores como o agronegócio e a siderurgia. A empresa possui atualmente 70 clientes, sendo 40 somente no Estado.
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