Construção Industrial
Jornal do Comércio
07/06/2010 14h48
A direção da General Motors do Brasil (GM) desembarcará nesta quarta-feira no Estado para dar a partida à segunda ampliação da fábrica de Gravataí e ao maior investimento em dez anos de produção local de automóveis. O R$ 1,4 bilhão do novo aporte é quase a mesma cifra injetada para produzir o Celta e o Prisma juntos, que totalizou R$ 1,5 bilhão.
Agora a nova plataforma, que terá mais de um terço dos recursos (R$ 544 milhões) oriundos de financiamentos de bancos públicos (Banrisul e Brde, com repasse de linha do Bndes), e gozará de adiamento no recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por dez anos, dará forma à nova família de carros, dentro do projeto Ônix, que deve focar o segmento popular. A cap
...A direção da General Motors do Brasil (GM) desembarcará nesta quarta-feira no Estado para dar a partida à segunda ampliação da fábrica de Gravataí e ao maior investimento em dez anos de produção local de automóveis. O R$ 1,4 bilhão do novo aporte é quase a mesma cifra injetada para produzir o Celta e o Prisma juntos, que totalizou R$ 1,5 bilhão.
Agora a nova plataforma, que terá mais de um terço dos recursos (R$ 544 milhões) oriundos de financiamentos de bancos públicos (Banrisul e Brde, com repasse de linha do Bndes), e gozará de adiamento no recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por dez anos, dará forma à nova família de carros, dentro do projeto Ônix, que deve focar o segmento popular. A capacidade de produção se elevará das atuais 230 mil unidades para 380 mil, alta de 65%. Hoje a produção é de 900 carros por dia, no limite da capacidade instalada.
O lançamento das obras trará o vice-presidente da empresa, José Carlos Pinheiro Neto, e executivos do primeiro escalão da companhia no País. Autoridades do Rio Grande do Sul, como a governadora Yeda Crusius, devem estar no cerimonial que marcará uma década de operação local. A previsão é de que os novos modelos cheguem ao mercado em 2012. A contratação de empregados é projetada para mil novas vagas diretas, incluindo as empresas sistemistas - principais fornecedores de peças para a montadora, que começam a trabalhar em 2011.
No evento de quarta, na sede da planta, às margens da BR-290 (freeway), na Região Metropolitana, a expectativa é pela revelação do desenho físico da ampliação. Diretores do complexo já deram pistas de que a planta deverá ganhar novos módulos, seguindo as necessidades fabris, dispensando a construção de uma outra unidade.
Na área onde fica o complexo, há espaço para ampliação. Também está a caminho uma escola técnica para formar metalúrgicos para atuar na planta. Um dos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, garante que o Instituto GM será o financiador e que a construção começa ainda em 2010. “Temos de formar mão de obra para 2011”, projeta Ascari, citando que já está sendo buscado terreno e que um projeto mantido pela montadora na sede da entidade formou mais de 3 mil profissionais. O salário inicial bruto é de R$ 1,5 mil, o bônus por metas alcançadas ficou em R$ 5,5 mil neste ano e a jornada, até dezembro, reduzirá de 44 horas para 42 horas semanais, graças a um acordo entre sindicato e empresa.
Depois de dez anos de produção automotiva, a cidade de Gravataí é certamente, ao lado da GM, quem mais faturou com o projeto. Apesar de somente neste ano a prefeitura começar a colher os frutos com o retorno direto de tributos gerados pelo empreendimento – devido ao programa de incentivo fiscais do Estado -, a Associação Comercial e Industrial de Gravataí (Acigra) divide a história da economia local em antes e depois da montadora. O presidente da Acigra, Cândido Leri Ribeiro de Assis, aponta que a cidade passou de 12º para 4º lugar do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios gaúchos.
A economia, que gerou R$ 1,2 bilhão em 1999, saltou para R$ 4,8 bilhões, em 2007, segundo a Fundação de Economia e Estatística (FEE). A indústria local dobrou seu peso no PIB setorial gaúcho, pulando de uma fatia de 2,48% para 5,31% no mesmo intervalo. “Nosso PIB cresceu 300% em oito anos. Chegamos a uma renda per capita de R$ 18,6 mil”, contrasta Assis. O efeito é a multiplicação de alvarás, com predomínio de serviços. O dirigente cita que havia, em 1999, apenas 20 escritórios de contabilidade. Hoje são mais de 300. Os investimentos estão aquecidos em construção civil e alimentação.
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