Construção Industrial
DCI
11/01/2018 08h36 | Atualizada em 11/01/2018 15h20
Os emplacamentos de implementos rodoviários deverão crescer cerca de 15% este ano, puxados pela expectativa de alta entre 2% e 3% do Produto Interno Bruto (PIB), alavancando principalmente o segmento leve.
Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), Alcides Braga, o mercado de carroceria sobre chassis vai experimentar uma retomada neste ano, assim como o pesado, que em 2017 voltou a crescer. “O avanço do segmento pesado é o prenúncio da recuperação [econômica], que não parece ser apenas um soluço, mas um crescimento sustentável. Agora, em 2018, a melhora deve se espalhar em leves”, avalia.
O executivo acrescenta que o segmento leve voltou a melhorar seu desempenho a part
...Os emplacamentos de implementos rodoviários deverão crescer cerca de 15% este ano, puxados pela expectativa de alta entre 2% e 3% do Produto Interno Bruto (PIB), alavancando principalmente o segmento leve.
Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), Alcides Braga, o mercado de carroceria sobre chassis vai experimentar uma retomada neste ano, assim como o pesado, que em 2017 voltou a crescer. “O avanço do segmento pesado é o prenúncio da recuperação [econômica], que não parece ser apenas um soluço, mas um crescimento sustentável. Agora, em 2018, a melhora deve se espalhar em leves”, avalia.
O executivo acrescenta que o segmento leve voltou a melhorar seu desempenho a partir do último quadrimestre do ano passado, mas que os resultados não foram suficientes para que as empresas registrassem resultado positivo de forma consolidada.
De acordo com a associação, foram emplacados um total de 60,4 mil unidades em 2017, representando uma retração de 2,42% em comparação a 2016. Enquanto o segmento leve puxou o desempenho negativo consolidado, com um total de 35,5 mil unidades, o que significou uma queda de 8,35%, o pesado (reboques e semirreboques) apresentou alta de 7,51%, para 24,9 mil unidades.
Entre os destaques do segmento pesado no ano passado estiveram tanques de alumínio, baú de carga geral, baú lonado e frigorífico. Em leves, as maiores perdas foram nas carrocerias betoneira, basculante e baú lonado.
O resultado positivo em 2018 vai representar uma reversão dos resultados negativos dos últimos anos. “Jogamos praticamente dois dos últimos quatro anos fora”, comenta Braga, em referência à estimativa de que durante a recessão tenham sido deixados de ser emplacadas cerca de 120 mil unidades.
O último ano de produção no terreno positivo foi em 2013, com um total de 177,9 mil unidades, crescimento de 10,9% em relação ao ano anterior. Depois, os emplacamentos só recuaram: em 2014, 159,8 mil (-10,1%); em 2015, 88,3 mil (-44,7%); em 2016, 61,9 mil (-29,8%).
Capacidade
Segundo Braga, a indústria teria a capacidade de retomar sem sobressaltos uma produção de aproximadamente 100 mil unidades. Cerca de 60% dos emplacamentos são de leves, enquanto o restante é de pesados. Com a expectativa de recuperação, ele diz acreditar que o setor recupere um nível de capacidade instalada de cerca de 50% ao longo de 2018, uma melhora ante os 70% recentes de ociosidade. “Podemos retomar um patamar de vendas na casa das 100 mil unidades até 2020, se mantivermos esse ambiente de recuperação econômica”, pondera.
Um empurrão para o incremento da produção deverá vir das taxas de juros, que aliviam o custo dos financiamentos, sobretudo às micro, pequenas e médias empresas, que somam mais de 1,2 mil no País, e que não obtêm recursos no BNDES. “O ambiente de juros mais baixos e a necessidade de renovação da frota vão ajudar na retomada. O desempenho do segmento leve pode até nos surpreender”, acrescenta. Além disso, outro fator positivo é a projeção das montadoras de alta de 10% a 20% das vendas de caminhões neste ano.
Para 2018, entretanto, há uma expectativa de alta dos preços dos implementos rodoviários. Segundo Braga, ainda é difícil projetar o valor final dos repasses das altas dos insumos aos produtos finais. Ele cita o recente reajuste de 23% no preço do aço pela CSN, que deverá ter um impacto diferente para as empresas que compram diretamente da usina em relação àquelas que adquirem o insumo das distribuidoras. “O aço vai ter um custo mais relevante em 2018, mesmo que várias empresas já tenham antecipado as compras. Outro impacto virá da alta do alumínio”, complementa.
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28 de setembro 2017
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