Energia
Thomson Reuters
19/02/2010 16h21 | Atualizada em 19/02/2010 19h05
As fusões e aquisições ganharam força no setor de açúcar e etanol do Brasil desde o momento em que a crise de crédito de 2008 dificultou as finanças de usinas que estavam com muitas dívidas.
A ETH Bioenergia anunciou nesta quinta-feira (18) a compra da empresa de álcool Brenco para criar uma das maiores produtoras de etanol do mundo. O conglomerado Odebrecht e a empresa japonesa Sojitz, acionistas da ETH, vão deter 65% de participação na empresa que resultará do negócio, que vai manter o nome ETH Bioenergia. Os acionistas da Brenco ficarão com 35%.
Veja a seguir mais informações sobre as últimas aquisições e fusões na indústria de etanol do Brasil:
- Em 1º de fevereiro, a Cosan, maior empresa do setor sucroalcoole
...As fusões e aquisições ganharam força no setor de açúcar e etanol do Brasil desde o momento em que a crise de crédito de 2008 dificultou as finanças de usinas que estavam com muitas dívidas.
A ETH Bioenergia anunciou nesta quinta-feira (18) a compra da empresa de álcool Brenco para criar uma das maiores produtoras de etanol do mundo. O conglomerado Odebrecht e a empresa japonesa Sojitz, acionistas da ETH, vão deter 65% de participação na empresa que resultará do negócio, que vai manter o nome ETH Bioenergia. Os acionistas da Brenco ficarão com 35%.
Veja a seguir mais informações sobre as últimas aquisições e fusões na indústria de etanol do Brasil:
- Em 1º de fevereiro, a Cosan, maior empresa do setor sucroalcooleiro no Brasil, anunciou negociações com a Shell para a formação de um empreendimento conjunto - conhecido como joint venture - avaliado em US$ 12 bilhões (R$ 21,86 bilhões, considerando a cotação da moeda americana nesta quinta-feira, 18) que vai reunir sob um mesmo teto operações de açúcar, etanol, distribuição de combustíveis e pesquisa. O documento prevê negociações exclusivas por 180 dias para a formação da joint-venture, que também incluirá a participação da petrolífera em empresas de pesquisa e desenvolvimento a partir da biomassa.
- Em 24 de dezembro, a companhia norte-americana Bunge anunciou acordo para adquirir a produtora de açúcar e etanol Moema por US$ 452 milhões (R$ 823,54 milhões) em ações.
Posteriormente, a Bunge informou que pretende investir no setor parte dos recursos da venda, por US$ 3,8 bilhões (R$ 69,23 bilhões), de suas operações de fertilizantes para a Vale.
- Em 22 de dezembro do ano passado, a estatal brasileira Petrobras pagou US$ 84 milhões (R$ 153,05 milhões) por 40,4% de participação na usina de etanol Total Agroindústria Canavieira.
A Petrobras planeja comprar mais usinas de etanol em 2010, como parte de um plano para aumentar a produção para 3,9 bilhões de litros até 2013.
- Em 11 de novembro de 2009 a maior refinaria de açúcar da Índia, a Shree Renuka Sugars, informou que comprou a produtora brasileira de açúcar e etanol Vale do Ivaí, por US$ 82 milhões (R$ 149,40milhões).
- A unidade brasileira do grupo de commodities (matérias-primas) francês Louis Dreyfus anunciou em outubro de 2009 a aquisição da Santelisa Vale para criar a segunda maior processadora de cana do mundo. A nova joint venture, chamada de LDC-SEV, vai controlar 13 unidades de açúcar e etanol e possui uma capacidade anual de moagem de 40 milhões de toneladas de cana.
A Santelisa Vale havia surgido a partir da fusão entre a Santa Elisa e a Vale do Rosário, dois grupos pioneiros na moagem de cana.
- A investidora em biocombustíveis Clean Energy Brazil vendeu 49% de suas participações na Usaciga por US$ 8,7 milhões (R$ 15,85 milhões). Esse valor foi muito abaixo do investimento inicial da Clean Energy, após o acúmulo de dívidas da empresa mostrar ser uma carga muito pesada em um mercado complicado. A companhia disse em setembro que a Usaciga acumulava dívidas de cerca de US$ 185 milhões (R$ 337,07 milhões).
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