Assessoria de Imprensa
14/06/2023 12h26
As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na fabricação de aço, atingiram 56.608 toneladas em maio deste ano, com queda de 31,3% em relação a abril, quando alcançaram 82.443 toneladas, mas ainda bem acima a maio de 2022 (mais 116%), quando as vendas externas foram de 26.178 toneladas.
Apesar do menor ritmo de alta, as exportações ainda são boa alternativa para empresas recicladoras, devido à retração nos preços e demanda interna pelo insumo. No período de janeiro a maio de 2023, as exportações somaram 307.712 toneladas, um aumento de 40,7% em comparação a igual período de
As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na fabricação de aço, atingiram 56.608 toneladas em maio deste ano, com queda de 31,3% em relação a abril, quando alcançaram 82.443 toneladas, mas ainda bem acima a maio de 2022 (mais 116%), quando as vendas externas foram de 26.178 toneladas.
Apesar do menor ritmo de alta, as exportações ainda são boa alternativa para empresas recicladoras, devido à retração nos preços e demanda interna pelo insumo. No período de janeiro a maio de 2023, as exportações somaram 307.712 toneladas, um aumento de 40,7% em comparação a igual período de 2022, com 218.668 toneladas, conforme dados do Ministério da Economia, Secex.
Segundo Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), órgão de classe que representa mais de 5,6 mil recicladores que reinserem insumos recicláveis no ciclo da cadeia produtiva, o momento é muito ruim para o setor, já que, além das dificuldades internas, há também uma redução nos preços pagos pelos importadores.
“A baixa da atividade econômica e a paralisação de setores de indústria e da construção civil afetam a produção de aço e consequentemente a compra de sucata metálica”, afirma.
De acordo com informações da pesquisa semanal realizada pela S&P Global Platts, agência americana especializada em fornecer preços-referência e benchmarkets para o mercado de commodities, na primeira semana de junho, com a menor produção de aço, as usinas siderúrgicas e fundições baixaram os preços pagos pela sucata, em algumas regiões, em R$ 200 por tonelada.
“A sucata ferrosa brasileira passou por um período de queda contínua nos últimos 12 meses, com preços reduzidos quase pela metade, conforme dados históricos da Platts”, mostra o levantamento. No mercado externo, também já se constata uma baixa nos preços.
Para piorar o quadro, o setor tem sofrido com a concorrência desleal dos sonegadores. “Empresas com atividades suspeitas, sem alvará de funcionamento, licenças ambientais e muitas vezes sequer locais definidos, sonegam impostos para levar vantagem de forma desleal no mercado, vendendo sucatas metálicas para indústrias de transformação”, diz Alvarenga.
“É uma concorrência desleal em detrimento das empresas legalizadas há décadas e comprometidas com o desenvolvimento da siderurgia de nosso país, indo na contramão dos critérios ESG (Environmental, Social and Governance) e de compliance”, além de ocasionar prejuízos ambientais, diz o presidente do Inesfa.
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