Assessoria de Imprensa
15/03/2024 10h24 | Atualizada em 20/03/2024 12h37
As exportações de sucatas ferrosas, insumo usado na fabricação de aço pelas usinas siderúrgicas, continuaram em alta em fevereiro deste ano, mantendo a tendência registrada em 2023 e em janeiro último.
As vendas externas alcançaram no mês passado 77.504 toneladas, um aumento de 33% em relação a fevereiro de 2023, quando somaram 58.368 toneladas. No primeiro bimestre do ano, as exportações já totalizam 151.604 toneladas, expansão de 56% quando comparadas a janeiro e fevereiro do ano passado, com 97.259 toneladas. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia, Secex.
“As dificuldades no merc
...As exportações de sucatas ferrosas, insumo usado na fabricação de aço pelas usinas siderúrgicas, continuaram em alta em fevereiro deste ano, mantendo a tendência registrada em 2023 e em janeiro último.
As vendas externas alcançaram no mês passado 77.504 toneladas, um aumento de 33% em relação a fevereiro de 2023, quando somaram 58.368 toneladas. No primeiro bimestre do ano, as exportações já totalizam 151.604 toneladas, expansão de 56% quando comparadas a janeiro e fevereiro do ano passado, com 97.259 toneladas. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia, Secex.
“As dificuldades no mercado interno permanecem e a principal alternativa para as empresas de sucata metálica tem sido a exportação de volumes excedentes, como forma de manter a subsistência do ciclo da reciclagem, além do sustento de mais de 5 milhões de pessoas que vivem dessa atividade”, afirma Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), órgão de classe que representa mais de 5,5 mil empresas que praticam a economia circular, reinserindo insumos no ciclo da transformação.
Desde o ano passado, quando as vendas externas bateram recorde, chegando a 800 mil toneladas, as empresas de sucata vêm atravessando um cenário de retração na demanda interna. Fornecedores e compradores de sucata ferrosa informaram à S&P Global Platts, agência americana especializada em fornecer preços-referência e benchmarks para os mercados de commodities, que o mercado “estava praticamente parado na região Sudeste do Brasil na semana até 4 de março deste ano, em meio à baixa demanda e à ampla variedade de preços entre recicladores de diversos portes”.
Segundo Alvarenga, não se vislumbra recuperação da demanda interna no curto prazo. Ele destaca ainda que a situação se agrava com “a falta de sensibilidade do Governo e boa parte de representantes do Congresso Nacional, que vêm deixando de atender aos pleitos de associações de classes para o incremento da reciclagem e da economia circular”, apesar da importância do setor na preservação do meio ambiente.
A reforma tributária penalizou a reciclagem no Brasil e, caso não haja mudanças no texto, a PEC/45-2019, aprovada no Congresso, deverá onerar o setor em cerca de 27,5% de imposto. Atualmente, a reciclagem é isenta do PIS e Cofins na venda à indústria de transformação (situação ainda em análise pelo STF) e tem o diferimento do ICMS nas operações dentro do Estado.
Seminário em Brasília – Para debater o atual quadro da reciclagem no Brasil, o Inesfa realiza no dia 8 de maio próximo, em Brasília o seminário “Reciclagem Valorizada, Sustentabilidade Equilibrada”. “Vamos debater os caminhos necessários para estimular a atividade no país”, afirma Alvarenga. Vários representantes do setor, parlamentares e autoridades do governo estarão presentes. O evento acontece no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, Teatro 3, Brasília-DF.
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