Assessoria de Imprensa
06/06/2024 10h48 | Atualizada em 12/06/2024 14h55
Durante o primeiro dia da Hydrogen Expo South America, a série de apresentações reuniu representantes de países como Alemanha, Holanda e Reino Unido, que detalharam as políticas de desenvolvimento e investimentos dos projetos de produção e exploração do hidrogênio na utilização da cadeia industrial e de transporte.
O evento reúne até hoje (6) mais de 70 marcas expositoras nacionais e internacionais no Centro de Exposições Expo Mag, no Rio de Janeiro (RJ).
O presidente da AHK-RJ e CEO da MAN Energy Solution, Jens Hueren, comentou que o mercado está se desenvolvendo na direção certa. "
...Durante o primeiro dia da Hydrogen Expo South America, a série de apresentações reuniu representantes de países como Alemanha, Holanda e Reino Unido, que detalharam as políticas de desenvolvimento e investimentos dos projetos de produção e exploração do hidrogênio na utilização da cadeia industrial e de transporte.
O evento reúne até hoje (6) mais de 70 marcas expositoras nacionais e internacionais no Centro de Exposições Expo Mag, no Rio de Janeiro (RJ).
O presidente da AHK-RJ e CEO da MAN Energy Solution, Jens Hueren, comentou que o mercado está se desenvolvendo na direção certa. "Isto fica evidente no tamanho do evento este ano”, disse. “Temos mais conferencistas e mais empresas expositoras, ou seja, o evento cresceu, está mais sólido, como o mercado. É muito promissor", avaliou Hueren.
Com curadoria de Ansgar Pinkowski, fundador da Neue Wege, as palestras acentuaram a importância do Brasil no mercado de hidrogênio verde e suas aplicabilidades futuras.
"O Brasil tem um potencial enorme na geração de energia limpa e na produção de hidrogênio verde”, afirmou Pinkowski. “Queremos trazer o hidrogênio para o nosso dia a dia e entender como o Brasil pode se posicionar nesse mercado em constante mudança", completou.
O ex-secretário de Política Econômica no Ministério da Fazenda e curador emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Winston Fritsch, abordou a produção de hidrogênio como energia sustentável e a transição energética como um processo gradual. "O hidrogênio é um insumo industrial que pode substituir carvão e gás natural em processos industriais em larga escala. A transição está caminhando, mas é uma longa batalha”, observou.
“O Brasil tem recursos naturais abundantes para isso, mas a pergunta é como escalar. Boa parte da redução de emissões até 2050 virá de tecnologias ainda não disponíveis no dia de hoje. A energia verde não depende só de capital, mas também da ciência”, disse.
Na visão de Fritsch, o custo de capital e os desafios logísticos do transporte do hidrogênio ainda são desafios importantes para o desenvolvimento da produção, armazenamento e exploração do hidrogênio. Entretanto, diz, o país tem vantagens naturais competitivas incomparáveis.
Algumas experiências internacionais podem apontar o caminho. Segundo Anjoum Noorani, cônsul-geral britânico, o Reino Unido criou um fundo de investimentos e pesquisa e um sistema de apoio para incentivar as empresas a experimentar diferentes formas de produzir hidrogênio.
“A ideia é fazer isso anualmente, para garantir continuidade nesse suporte de forma a que essas instituições comecem a produzir hidrogênio. Mas é certo que essa demanda vai existir de alguma forma e em escala, seja no Reino Unido ou em âmbito mundial”, afirmou.
Por sua vez, Niels Veenis, vice-cônsul da Holanda, abordou a crescente demanda por hidrogênio na Europa: “Qualquer forma de hidrogênio disponível vai ser usada para atender a essa demanda. A Europa já está se preparando e tem uma concentração grande de indústrias que usam o H2. O continente tem uma estrutura já desenhada de produção e distribuição do hidrogênio, onshore e offshore”, destacou.
“Porém, já sabemos que esse aumento da condução de eletricidade renovável não conseguirá acompanhar a demanda e será necessário importar. E o Brasil pode ser um polo exportador”, comentou.
De acordo com Loana Von Gaerwitz Lima, da AHK Rio, o desafio de descarbonizar a matriz energética é enorme. “A Alemanha está desenvolvendo uma estratégia de importação de hidrogênio para suprir essa necessidade”, reforçou. ‘O país tinha uma dependência média de 50% de combustíveis fósseis da Rússia, que foi zerada com a guerra da Ucrânia."
Já a coordenadora do H2Uppp no Brasil, Isabela Santos, citou um programa global do governo alemão para acelerar a economia de hidrogênio verde.
“A descarbonização é um grande benefício que está sendo feito pela sustentabilidade”, frisou. ‘É claro que existem muitos desafios, como o alto custo, a vulnerabilidade e o fato de nem sempre serem rastreáveis. Sabemos dos desafios, mas principalmente dos benefícios”, concluiu.
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