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Estudo mostra que o solo está afundando em partes da cidade do Rio de Janeiro

Rio das Pedras, Rio 2, Vila do Pan, Sepetiba, Lagoa e outras áreas do município estão na lista de locais afetados pelo problema

Diário do Rio

11/06/2025 11h17 | Atualizada em 11/06/2025 23h22


Estudo da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU, sigla em inglês), em Cingapura, aponta que partes dos solos de cidades estão afundando em diversos países.

Entre as áreas afetadas está o Rio de Janeiro, que teve áreas que afundaram, em média, entre 0,01 cm e 6,3 cm por ano de 2014 a 2020.

A pesquisa a respeito da subsidência (nome usado na geologia para descrever o “rebaixamento” do solo) analisou 48 cidades costeiras na Ásia, África, Europa e Américas.

Os locais são vulneráveis à combinação de aumento do nível do mar com afundamento do solo.

Na cidade do Rio, i

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Estudo da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU, sigla em inglês), em Cingapura, aponta que partes dos solos de cidades estão afundando em diversos países.

Entre as áreas afetadas está o Rio de Janeiro, que teve áreas que afundaram, em média, entre 0,01 cm e 6,3 cm por ano de 2014 a 2020.

A pesquisa a respeito da subsidência (nome usado na geologia para descrever o “rebaixamento” do solo) analisou 48 cidades costeiras na Ásia, África, Europa e Américas.

Os locais são vulneráveis à combinação de aumento do nível do mar com afundamento do solo.

Na cidade do Rio, identificou-se que a maioria das áreas afetadas afundava menos de 0,6 cm por ano.

Todavia, locais como Rio das Pedras (visto na imagem acima) afundaram, em média, 6,3 cm por ano.

“O afundamento do solo, que é chamado cientificamente como subsidência ou recalque, tem várias causas”, explicou Juliano de Lima, professor de engenharia civil da Universidade Veiga de Almeida e do Cefet/RJ.

“No caso específico de Rio das Pedras, se dá por conta de um fenômeno chamado recalque por adensamento primário, um deslocamento vertical descendente do solo”, completou.

Segundo ele, solos argilosos com consistência muito mole acabam apresentando deformações acentuadas e recalques elevados.

Composto por argilas orgânicas de baixa consistência, o solo mole se comporta como uma “gelatina”, diz ele, deformando-se com facilidade.

Nesse quadro, carregar a superfície com edificações, por exemplo, impõe uma sobrecarga ao terreno com alta compressibilidade, ocasionando o recalque por adensamento primário.

“Essa sobrecarga faz com que o solo acabe se deslocando, reduzindo de volume devido à expulsão de água que apresenta nos vazios”, continua.

Uma das consequências desse solo mole, que acaba cedendo, é o risco de que as edificações apresentem recalques elevados.

“As fundações das casas acabam acompanhando a deformação do solo”, diz Almeida, destacando que isso causa uma série de trincas e patologias nas edificações, pois o recalque é diferencial.

“Com o tempo, isso pode colapsar as edificações, porque esse processo de adensamento ocorre ao longo dos anos e acontece de maneira constante”, adverte o engenheiro.

Soluções – O especialista pontua que, no caso do Rio das Pedras, o mais indicado – porém com alto custo – é substituir as construções em sapatas (fundações diretas) por construções com fundações profundas.

A técnica utiliza estacas que atravessam a camada do solo compressível, de modo que a ponta da estaca se assenta em material resistente.

Por outro lado, também há a alternativa de utilizar uma técnica para melhorar o material do solo.

“Isso sginifica Injetar aglomerante e acelerar o recalque com coluna de brita e material granular, em um processo de aceleração de recalque”, sugere o professor.

Entretanto, Rio das Pedras está tão adensado que qualquer tipo de intervenção se mostra complexo.

“O ideal seria realocar essas pessoas, mas há um enorme custo político e social, tornando-se um problema de difícil solução”, aponta.

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