Mineração
iG Rio de Janeiro
12/02/2010 14h30
A Vale não acompanhou a volta do crescimento econômico mundial. Castigada fortemente pela crise financeira iniciada em 2008, a mineradora se preparou para um longo período de dificuldades. Desativou minas, demitiu funcionários, cortou custos e foi surpreendida por elevado crescimento no mercado de commodities no final do ano passado. A demanda cresceu mas a Vale não conseguiu elevar a oferta de minério no mesmo ritmo.
“Cortamos capacidade e tamanho durante o ano passado porque estávamos preparados para uma crise maior. Tivemos dificuldades para voltar rapidamente aos níveis normais”, afirmou o diretor de Ferrosos da Vale, Carlos Martins, em teleconferência para analistas de mercado.
A receita operacional da mineradora tot
...A Vale não acompanhou a volta do crescimento econômico mundial. Castigada fortemente pela crise financeira iniciada em 2008, a mineradora se preparou para um longo período de dificuldades. Desativou minas, demitiu funcionários, cortou custos e foi surpreendida por elevado crescimento no mercado de commodities no final do ano passado. A demanda cresceu mas a Vale não conseguiu elevar a oferta de minério no mesmo ritmo.
“Cortamos capacidade e tamanho durante o ano passado porque estávamos preparados para uma crise maior. Tivemos dificuldades para voltar rapidamente aos níveis normais”, afirmou o diretor de Ferrosos da Vale, Carlos Martins, em teleconferência para analistas de mercado.
A receita operacional da mineradora totalizou R$ 12,048 bilhões no quarto trimestre e recuou 11,3% em relação às vendas do terceiro trimestre. "Enquanto nos últimos trimestres experimentamos limitações do lado da demanda para alguns de nossos produtos, especialmente minério de ferro e pelotas, o 4T09 foi marcado por restrições do lado da oferta", citou a empresa em comunicado ao mercado.
“A crise nos tornou mais flexíveis. Em 2010 temos uma janela de oportunidade pela frente”, completou Martins. A Vale apresentou lucro líquido deR$ 10,27 bilhões, uma queda de 51,8% em relação a 2009.
Bons ventos
A retomada do mercado de commodities em 2010 vai alimentar as vendas dos principais produtos fornecidos pela Vale, segundo expectativas da mineradora. A companhia aposta em crescimento dos mercados de minério de ferro, níquel, cobre, carvão e fertlizantes. O diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Fábio Barbosa, falou em vendas recordes neste ano.
Além das perspectivas positivas para este ano, Barbosa demonstrou que 2009 não foi um ano tão negativo como se esperava inicialmente, quando a crise financeira bombardeou a economia mundial e, principalmente, as mineradoras. O executivo avalia que o ano passado foi desafiador, mas que a companhia soube lidar com as dificuldades. O custo dos produtos vendidos pela Vale totalizou R$ 27,72 bilhões em 2009, apresentando decréscimo de 13,8% em relação a 2008. A empresa demitiu funcionários e desativou minas de ferro em Minas Gerais para sobreviver à acentuada forte queda de preços dos minérios em 2009.
A aposta em recuperação se reflete na reativação de minas de produção. A Vale está retomando as atividades em Sudbury, no Canadá, operando as minas de Coleman e Garson, a planta de processamento de Clarabelle e a fundição de Copper Cliff para alimentar a produção de produtos de níquel na refinaria de Clydach, no País de Gales, segundo informou ao mercado.
“O aumento da taxa de utilização da capacidade da indústria siderúrgica no Japão, Coréia, Brasil e Europa, e os grandes volumes demandados pela China, produziram mudança dramática no mercado global de minério de ferro, que passou de uma situação de excesso de oferta para excesso de demanda”, avaliou a companhia, referindo-se ao último trimestre do ano passado.
“As vendas finais estão crescendo, e embora em velocidade menor, os estoques continuam caindo, o que requer aumento de produção para normalizar a relação entre estoques e vendas”, acrescentou.
Por outro lado, a Vale destaca que a necessidade de ajustes fiscais implica em importantes desafios para o crescimento global no médio prazo, dada a grande ampliação, em termos reais, dos déficits governamentais provocados pelo choque financeiro e dificuldades políticas para sua compressão.
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