Assessoria de Imprensa
28/11/2022 08h05 | Atualizada em 30/11/2022 14h59
Por Bruno Malvezi*
Mesmo os profissionais mais desatentos já conhecem, ou ouviram falar, sobre conceitos como green buildings (prédios verdes) e edifícios saudáveis. São assuntos imprescindíveis para estruturar o futuro, sem dúvidas, e que englobam outro tema que cresce em importância no setor: o ESG na construção civil.
Sigla inglesa que se refere a meio ambiente, desenvolvimento social e governança (environment, social e governance, no original), o ESG ganha espaço no setor imobiliário justamente por medir e avaliar três tópicos considerados cruciais para o desenvolvimento de projetos e criaçã
...Por Bruno Malvezi*
Mesmo os profissionais mais desatentos já conhecem, ou ouviram falar, sobre conceitos como green buildings (prédios verdes) e edifícios saudáveis. São assuntos imprescindíveis para estruturar o futuro, sem dúvidas, e que englobam outro tema que cresce em importância no setor: o ESG na construção civil.
Sigla inglesa que se refere a meio ambiente, desenvolvimento social e governança (environment, social e governance, no original), o ESG ganha espaço no setor imobiliário justamente por medir e avaliar três tópicos considerados cruciais para o desenvolvimento de projetos e criação de comunidades harmoniosas.
De maneira geral, é preciso entender e reduzir o impacto das obras e da produção de insumos em relação aos recursos naturais utilizados na construção civil e beneficiar as comunidades onde elas estão ou serão inseridas. Essa necessidade urgente do mundo moderno explica-se pela famigerada degradação acelerada da natureza e da utilização irracional dos recursos naturais.
A pandemia causada pelA Covid-19 fez aumentar essa preocupação, reforçando a adoção de processos e políticas que estimulem a sustentabilidade, o respeito às leis e diretrizes, além da promoção do bem-estar. Assim, o ESG na construção civil, como em qualquer outra área, deve ser tema central no ambiente corporativo, norteando a estratégia futura das empresas.
Com novas políticas, avaliações corretas e as ferramentas úteis necessárias mais difundidas, as empresas devem tomar decisões práticas para minimizar possíveis danos ao meio ambiente, reduzindo o desperdício e o consumo de recursos naturais e, consequentemente, minorando os impactos ao planeta.
Ademais, quando se fala em ESG, há outras contribuições que extrapolam a questão ambiental. Uma empresa não deve ter como único propósito atender aos interesses de seus acionistas. É preciso um olhar humanizado para seus colaboradores, empatia por seus consumidores e envolvimento verdadeiro com o desenvolvimento nas cidades, regiões ou países em que atuam. As companhias que não se atentarem a isso certamente serão irrelevantes no futuro.
Vale destacar que, muito embora enquadrar a empresa na estrutura ESG necessite investimentos iniciais, sem dúvida existirão benefícios econômicos aos projetos como maior economia a partir do consumo consciente de recursos, reuso, reaproveitamento ou reciclagem de matérias-primas. Há, igualmente, uma série de novas oportunidades com os investidores, uma vez que esta é uma das métricas mais valorizadas por bancos e fundos de investimento na avaliação de diferentes negócios.
Hoje, mais do que erguer uma edificação e garantir que ela seja funcional, o mercado imobiliário e os consumidores estão atentos ao respeito às políticas ambientais de consumo consciente de água e energia, o que garante conforto e saúde aos ocupantes e, claro, respeito a realidade socioeconômica da região, com estímulos para a criação de comunidades engajadas e sustentáveis.
Implementar o conceito de ESG na construção civil não é uma tarefa fácil, mas é possível. Basta empenho das organizações, mobilização dos colaboradores e um olhar mais empático ao meio ambiente e a sociedade.
* Bruno Malvezi é CEO do Grupo Impper
25 de novembro 2024
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