Mineração
France Presse
05/04/2010 14h53
A Cisa (Associação de Ferro e Aço da China) defendeu nesta segunda-feira um boicote de dois meses de seus membros aos três grandes produtores mundiais de ferro, entre eles a brasileira Vale, acusados de se aproveitar de uma situação de monopólio.
Durante uma reunião a portas fechadas na sexta-feira, a CISA calculou que as atuais reservas de minério de ferro são suficientes para dois meses e estimulou as siderúrgicas a "não comprar das três grandes mineradoras durante dois meses, para boicotar a atitude de monopólio", informa o portal oficial China.net.
A "três grandes" são a brasileira Vale e as anglo-australianas Rio Tinto e BHP Billiton, com as quais as siderúrgicas de todo o mundo negociam a cada ano os preços da matér
...A Cisa (Associação de Ferro e Aço da China) defendeu nesta segunda-feira um boicote de dois meses de seus membros aos três grandes produtores mundiais de ferro, entre eles a brasileira Vale, acusados de se aproveitar de uma situação de monopólio.
Durante uma reunião a portas fechadas na sexta-feira, a CISA calculou que as atuais reservas de minério de ferro são suficientes para dois meses e estimulou as siderúrgicas a "não comprar das três grandes mineradoras durante dois meses, para boicotar a atitude de monopólio", informa o portal oficial China.net.
A "três grandes" são a brasileira Vale e as anglo-australianas Rio Tinto e BHP Billiton, com as quais as siderúrgicas de todo o mundo negociam a cada ano os preços da matéria-prima (vigentes até 31 de março do ano seguinte).
Na Ásia e na Europa, as siderúrgicas criticam cada vez mais as exigências das três gigantes, que tentaram impor fortes altas nos preços este ano, o que os compradores consideram abuso de posição dominante.
Os preços acordados com as siderúrgicas japonesas e sul-coreanas geralmente servem de referência, e algumas delas aceitaram em 2010 aumentos de 80 a 90% nos preços.
A BHP Billiton anunciou recentemente que não pretende fixar mais os preços para um período anual para vários clientes asiáticos, e sim para prazos mais curtos.
Mas os clientes chineses preferem contratos a longo prazo, que limitem as flutuações de preço.
Em 2009, as negociações entre as gigantes da mineração e as siderúrgicas chinesas fracassaram pela primeira vez em décadas.
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