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Energia nuclear em xeque

Jornal do Commercio

27/04/2010 14h11


O plano de implantação de até seis usinas nucleares no Nordeste trouxe para Pernambuco a 1ª Oficina Antinuclear da região, que acontece nesta terça (27) e quarta-feira (28) no Convento das Doroteias, no Alto da Sé, Olinda. Noventa integrantes de ONGs de 13 Estados debatem os problemas sociais que podem ser causados pela nova matriz energética. Vítimas da radiação em Goiás (Césio-137), Caetité, na Bahia, Chernobil, na Ucrânia, e Hiroshima, no Japão, darão seu testemunho. Ao fim das discussões, vão elaborar a Carta de Olinda, que tentará convencer governos federal e estaduais dos riscos do projeto.

O evento lembra também os 24 anos do acidente na usina nuclear de Chernobil, na Ucrânia, que matou mais de 50 pessoas, forçou a migraçã

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O plano de implantação de até seis usinas nucleares no Nordeste trouxe para Pernambuco a 1ª Oficina Antinuclear da região, que acontece nesta terça (27) e quarta-feira (28) no Convento das Doroteias, no Alto da Sé, Olinda. Noventa integrantes de ONGs de 13 Estados debatem os problemas sociais que podem ser causados pela nova matriz energética. Vítimas da radiação em Goiás (Césio-137), Caetité, na Bahia, Chernobil, na Ucrânia, e Hiroshima, no Japão, darão seu testemunho. Ao fim das discussões, vão elaborar a Carta de Olinda, que tentará convencer governos federal e estaduais dos riscos do projeto.

O evento lembra também os 24 anos do acidente na usina nuclear de Chernobil, na Ucrânia, que matou mais de 50 pessoas, forçou a migração de 200 mil e por isso é considerado o pior da história. Para os participantes da oficina em Pernambuco, a segurança das centrais nucleares não evoluiu desde então, o que mantém esse tipo de produção de energia entre os mais danosos à vida.

“Os impactos gerados por um acidente são duradouros sobre as comunidades onde se instalam usinas. Elas estão sujeitas à poluição provocada pela mineração (de urânio), aos rejeitos da produção. Além disso, a energia nuclear é mais cara se comparada a opções limpas e renováveis, como a eólica, a solar e a biomassa”, sustenta o coordenador da campanha de energias renováveis do Greenpeace no Brasil, Ricardo Baitelo, um dos palestrantes.

Na visão de um dos coordenadores da oficina, o educador da ONG Fase Yuri Moraes, o governo aponta a energia nuclear como solução para os problemas de abastecimento no País e negligencia outras formas de geração e distribuição. “O problema do Brasil é, mais que a produção, a transmissão, um modelo que não se sustenta. Pequenas usinas diversificariam as fontes, que não precisam estar em grandes empreendimentos como as hidrelétricas e usinas nucleares”, defende.

Segundo o coordenador, a reunião em Olinda vai traçar estratégias entre movimentos sociais para impedir a realização dos projetos nucleares para o Nordeste e o restante do País.

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