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Energia do lixo entra na mira de investidores

País ganha seus primeiros projetos de “waste-to-energy”

Valor Econômico

19/08/2021 11h00 | Atualizada em 19/08/2021 11h28


Amplamente adotada em países europeus e asiáticos, a recuperação energética de resíduos sólidos começa a dar seus primeiros passos no Brasil, com empresas nacionais e multinacionais se movimentando para viabilizar projetos em diferentes escalas.

O principal impulso ao segmento promete vir do próximo leilão de energia nova “A-5” do governo. Marcado para setembro, o certame é o primeiro a ter uma categoria específica para contratar soluções de recuperação energética do lixo urbano. Mas algumas iniciativas, independentes da licitação, já vêm saindo do papel.

A ZEG Ambiental, empresa do grupo Capitale Energia, vai inaugurar nos próximos meses unidades de “waste-to-energy” (WTE) em fábricas da Neotech Soluções Ambientais e da Nexa Resources, companhia de metais da Votorantim.

Os dois projetos vão testar uma tecnologia proprietária da ZEG que viabiliza usinas de recuperação energética em pequena e média escala. Batizada de “Flashbox”, a solução envolve um reator que transforma resíduos

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Amplamente adotada em países europeus e asiáticos, a recuperação energética de resíduos sólidos começa a dar seus primeiros passos no Brasil, com empresas nacionais e multinacionais se movimentando para viabilizar projetos em diferentes escalas.

O principal impulso ao segmento promete vir do próximo leilão de energia nova “A-5” do governo. Marcado para setembro, o certame é o primeiro a ter uma categoria específica para contratar soluções de recuperação energética do lixo urbano. Mas algumas iniciativas, independentes da licitação, já vêm saindo do papel.

A ZEG Ambiental, empresa do grupo Capitale Energia, vai inaugurar nos próximos meses unidades de “waste-to-energy” (WTE) em fábricas da Neotech Soluções Ambientais e da Nexa Resources, companhia de metais da Votorantim.

Os dois projetos vão testar uma tecnologia proprietária da ZEG que viabiliza usinas de recuperação energética em pequena e média escala. Batizada de “Flashbox”, a solução envolve um reator que transforma resíduos em “gás de síntese”, um combustível renovável que pode ser usado em processos industriais ou para a geração de energia elétrica.

Em agosto, entra em operação o projeto junto à Neotech em Uberaba (MG), onde são tratados resíduos da Ourofino, de defensivos agrícolas. Com capacidade para processar 970 toneladas por mês, a unidade substituirá o uso de gás liquefeito de petróleo (GLP) num dos processos da Neotech.

Já no caso da Nexa, a partir de novembro a usina da ZEG fornecerá vapor para a unidade de zinco de Juiz de Fora (MG), substituindo até 50% do consumo de combustível fóssil.

Juntas, os dois projetos somam investimentos de R$ 50 milhões, com recursos próprios da ZEG.

Segundo Yuri Schmitke, presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), as vantagens das usinas “waste-to-energy” são conhecidas há anos. Segundo o 5º relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), esses empreendimentos reduzem em 8 vezes as emissões de gases de efeito estufa quando comparados com os aterros com sistema de captura de metano, e são a forma mais eficaz para mitigação dos gases de efeito estufa dos resíduos sólidos urbanos.

A expectativa é que o setor ganhe impulso com o leilão “A-5”, que poderá viabilizar usinas de grande porte. Segundo a Abren, três dos 12 projetos cadastrados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para o certame estão em estágio mais avançado, já com licenciamento ambiental.

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