Assessoria de Imprensa
06/01/2025 13h51
João Paulo Corvo*
O setor da construção civil, pilar fundamental da economia brasileira, promete um 2025 de crescimento moderado, impulsionado por investimentos públicos e privados.
Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor cresceu 2,4% em 2023 e a expectativa é que esse ritmo se mantenha nos próximos anos, com projeções de elevação entre 2% e 3%.
No entanto, a taxa Selic elevada, embora necessária para controlar a inflação, impacta diretamente o crédito imobiliário e o financiamento de grandes projetos de infraestrutura.
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...João Paulo Corvo*
O setor da construção civil, pilar fundamental da economia brasileira, promete um 2025 de crescimento moderado, impulsionado por investimentos públicos e privados.
Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor cresceu 2,4% em 2023 e a expectativa é que esse ritmo se mantenha nos próximos anos, com projeções de elevação entre 2% e 3%.
No entanto, a taxa Selic elevada, embora necessária para controlar a inflação, impacta diretamente o crédito imobiliário e o financiamento de grandes projetos de infraestrutura.
Por outro lado, o robusto Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3) traz um fôlego importante para a construção civil, com a promessa de investimentos bilionários em infraestrutura, habitação e mobilidade urbana. Lançado pelo governo federal em 2023, o PAC 3 planeja investir mais de R$ 1,7 trilhão até 2026, se apresentando com potencial para estimular diretamente na evolução dessa indústria no próximo ano.
As tendências para 2025 apontam para uma construção civil cada vez mais industrializada e sustentável, com a adoção de métodos construtivos mais ágeis e modernos, como a construção modular e a utilização de BIM (Building Information Modeling), visando aumentar a eficiência e reduzir custos.
A preocupação com o meio ambiente também ganha força, com a crescente demanda por construções sustentáveis, que utilizam materiais ecologicamente corretos e tecnologias que reduzem o consumo de energia. Entretanto, este cenário positivo é permeado por desafios complexos que exigem adaptação e inovação das empresas.
O principal desafio do setor em 2025 - A escassez de mão de obra qualificada se apresenta como um dos maiores desafios e deve seguir assim no próximo ano.
Pesquisas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam que 58,7% das empresas no país enfrentam dificuldades para absorver ou reter talentos, percentual que sobe para 60,4% no setor da construção civil. Esse fato reflete diretamente nas entregas de obras, onde 21,1% das organizações afirmar que estão atrasadas e 18% estão rejeitando novos contratos e operando abaixo de sua capacidade ideal.
Além disso, regiões como o Nordeste e o Norte enfrentam obstáculos ainda maiores, devido à menor oferta de cursos técnicos e programas de formação específicos para a construção civil. A urbanização e o avanço da tecnologia digital abriram novos mercados que atraem trabalhadores, criando uma competição direta por mão de obra com setores como logística e serviços.
Para mitigar esse cenário, é fundamental que as empresas invistam em programas de formação continuada e ampliem parcerias com instituições de ensino técnico. Além disso, iniciativas de inclusão social, como a capacitação de mulheres e jovens de comunidades periféricas, podem ajudar a preencher essa lacuna, diversificando a força de trabalho no setor.
Para garantir a superação dos obstáculos e seguir em destaque no próximo ano, algumas diretrizes surgem como fundamentais para o sucesso das empresas neste ambiente em constante transformação.
Investir em tecnologia, por meio da digitalização e automação, é essencial para aumentar a eficiência e a qualidade dos projetos, enquanto priorizar a sustentabilidade, diante da crescente demanda por construções ecologicamente corretas, proporcionará vantagens competitivas às empresas que se adaptarem a essa tendência.
Além disso, desenvolver o capital humano, com foco na capacitação e retenção de talentos, é crucial para garantir a competitividade do setor.
Finalmente, a flexibilização dos processos é fundamental, pois a capacidade de adaptação às mudanças do mercado permite superar desafios e aproveitar novas oportunidades.
Futuro promissor - O futuro da construção civil brasileira em 2025 é promissor, mas exige um equilíbrio delicado entre crescimento e sustentabilidade. A adoção de tecnologias inovadoras, a priorização da sustentabilidade e o desenvolvimento de um capital humano diversificado serão essenciais para que o setor não apenas se mantenha competitivo, mas também se destaque em um mercado em constante transformação.
As iniciativas de capacitação e inclusão social, especialmente nas regiões mais vulneráveis, podem ser a chave para suprir a demanda por mão de obra qualificada e, ao mesmo tempo, promover uma evolução mais equitativa.
Assim, se as empresas conseguirem alinhar suas estratégias a essas tendências e desafios, estarão preparadas para não apenas enfrentar as adversidades, mas também para contribuir de forma significativa para o desenvolvimento sustentável do Brasil nos próximos anos.
O futuro da construção civil, portanto, dependerá da capacidade de inovação e adaptação do setor, que deve se reinventar continuamente para construir um amanhã mais sólido e sustentável.
*João Paulo Corvo é Diretor Comercial das unidades de negócios do Brasil e da América do Sul da SH (Fôrmas, Andaimes e Escoramentos) empresa brasileira de engenharia
06 de janeiro 2025
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