Energia
Diário do Comércio (MG)
08/08/2013 11h43
Segundo estimativas da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a média de valores entre janeiro e dezembro do próximo exercício ficará em torno dos R$ 145 o megawatt hora. Neste ano ficou em R$ 176,42, o que equivale a uma redução de 17,8%.
Entre janeiro e dezembro de 2015, o valor é mais baixo ainda, fechando em R$ 112 o megawatt hora. Os preços mais altos em 2013 são influenciados por uma série de questões. A primeira delas, conforme lembra o especialista em energia e sócio-diretor da Enecel Energia, Raimundo de Paula Batista Neto, seria a extensão do período seco por um período mais longo.
Ao contrário do que se costuma acontecer, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro foram marcados por menos chuva, o
...Segundo estimativas da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a média de valores entre janeiro e dezembro do próximo exercício ficará em torno dos R$ 145 o megawatt hora. Neste ano ficou em R$ 176,42, o que equivale a uma redução de 17,8%.
Entre janeiro e dezembro de 2015, o valor é mais baixo ainda, fechando em R$ 112 o megawatt hora. Os preços mais altos em 2013 são influenciados por uma série de questões. A primeira delas, conforme lembra o especialista em energia e sócio-diretor da Enecel Energia, Raimundo de Paula Batista Neto, seria a extensão do período seco por um período mais longo.
Ao contrário do que se costuma acontecer, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro foram marcados por menos chuva, o que obrigou o governo a ligar todas as térmicas do país. Com o despacho fora da ordem de mérito, ou seja, sem levar em conta os custos da energia em cada usina acionada, o preço do insumo teve que ficar mais alto.
Como se não bastasse, o governo desligou recentemente 34 usinas térmicas, o que acabou influenciando também no PLD. Isso porque, com a saída dessa outra fonte de geração, os reservatórios são mais pressionados para baixo. E quanto mais baixos eles ficam, maior o preço da energia.
Por isso que, de agora até dezembro deste ano, as expectativas são de alta no custo do insumo. Atualmente, o preço está próximo dos R$ 166 cada megawatt hora. Em dezembro, espera-se que ele fique em cerca de R$ 198, o que equivale a uma elevação de 19,27%.
Definição
Essa alta pode ser creditada pela nova definição de metodologia do cálculo do PLD, em decorrência da Resolução 3 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A partir de setembro, os critérios de aversão ao risco utilizados na conta serão outros. Atualmente, é usada a CAR 2 (Curva de Aversão ao Risco 2), ou seja, leva-se em conta os riscos de a energia faltar nos próximos dois anos para quantificar os preços. Porém, a partir de setembro, passará a ser levado em conta um período de cinco anos, ou CAR 5, o que onera os custos.
Batista pondera, porém, que os valores estimados na curva de preços futuros podem não balizar o mercado a longo prazo. Ele explica que, como o custo da energia tem se elevado mensalmente, os comercializadores não estão fechando contratos com os preços de apenas R$ 145 por megawatt previsto como média de 2014. Segundo ele, os preços de comercialização atual, mesmo que para utilização em 2014, está entre R$ 170 e R$ 175 por megawatt.
Para o diretor da CMU Comercializadora de Energia, Walter Luiz de Oliveira Fróes, a melhor saída para que o consumidor não fique exposto ao sobe e desce do preço no curto prazo é fechar contratos mais longos. O ideal é pensar em uma base de quatro anos para poder barganhar melhor os preços e não sofrer em caso de falta de chuva nos próximos meses.
23 de julho 2020
25 de junho 2020
28 de maio 2020
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade