Mineração
Diário do Comércio
13/11/2013 18h39
Os fabricantes de estruturas de aço projetam um crescimento de 10% em sua produção para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), do Instituto Aço Brasil (IABr), e a Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem). O levantamento aponta que, considerando as 157 empresas participantes, o volume de produção atingiu 1,062 milhão de toneladas, em 2012.
Segundo o gerente de Qualidade do IABr e gerente executivo do CBCA, Fernando Matos, a expectativa de crescimento dos fabricantes é positiva e demonstra a percepção de que a demanda de aço pelas grandes obras que estão sendo esperadas no Brasil crescerá. No entanto, Matos destaca que a utilização de capacidade desse segmento ainda está
...Os fabricantes de estruturas de aço projetam um crescimento de 10% em sua produção para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), do Instituto Aço Brasil (IABr), e a Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem). O levantamento aponta que, considerando as 157 empresas participantes, o volume de produção atingiu 1,062 milhão de toneladas, em 2012.
Segundo o gerente de Qualidade do IABr e gerente executivo do CBCA, Fernando Matos, a expectativa de crescimento dos fabricantes é positiva e demonstra a percepção de que a demanda de aço pelas grandes obras que estão sendo esperadas no Brasil crescerá. No entanto, Matos destaca que a utilização de capacidade desse segmento ainda está baixa, em 76%, considerando os números de 2012. O gerente de Qualidade do IABr disse que houve evolução em relação a 2011, ano em que esse porcentual estava em 72%, mas que ainda está abaixo do patamar considerado ideal, de no mínimo 80%.
Para o crescimento da utilização da capacidade instalada, Matos afirmou que o uso de estruturas de aço precisaria crescer no segmento de pequenas e médias obras, que atualmente não usam o aço de forma mais intensiva.
A pesquisa mostrou que, no ano passado, as estruturas de grande porte, as construções industriais e obras especiais (que considera o setor de siderurgia e mineração, óleo e gás, sucroalcooleiro, por exemplo) foram destino de 83% da produção total no período. 'No setor residencial, por exemplo, a estrutura de aço ainda tem algumas barreiras', disse.
O setor da construção civil, no geral, é responsável por 37,7% do consumo aparente de aço no Brasil, de acordo com dados do IABr.
A pesquisa apontou ainda que 91% das companhias que atuam nesse setor são pequenas e médias, com produção de até 20 mil toneladas por ano. Do total, 65% estão localizadas no Sudeste do país. Mesmo com uma participação ainda pequena, a presença dos fabricantes da região Nordeste passou de 6,9% em 2011 para 10,2% no ano passado. Ainda de acordo com o levantamento, a estimativa é de que essas empresas faturaram no ano passado R$ 9 bilhões.
Importação
A Transpetro, braço de transportes da Petrobras, continua importando cerca da metade do aço do que utiliza em seus navios, para evitar que a alta do produto no mercado interno eleve o preço das embarcações que constrói para atender a estatal, informou ontem o presidente da empresa, Sérgio Machado, em almoço com empresários.
'Continuamos vendo caso a caso da licitação (para compra de aço). Quando a Usiminas oferece preço bom compra aqui (no Brasil), e ultimamente tem sido bastante assim. Queremos uma indústria competitiva', disse Machado, referindo-se à principal fornecedora de aços para navio do Brasil.
Repetindo o mantra da Petrobras, de que apoia a política de conteúdo nacional do governo, mas 'não a qualquer preço', Machado afirmou que se a indústria brasileira não tiver competitividade, os estaleiros nacionais não poderão competir de igual para igual no exterior.
Segundo ele, até 2018/19 as encomendas da Petrobras garantem o funcionamento pleno dos estaleiros. Depois disso, a indústria deverá ser capaz de receber também pedidos de fora, para continuar crescendo junto com outras eventuais encomendas da estatal.
Depois de terem chegado ao fundo do poço na década de 1980, por falta de encomendas, os estaleiros brasileiros ressurgiram com as encomendas da Petrobras no governo Lula, que baseou na revitalização da indústria naval parte da sua campanha eleitoral em 2002. Passados dez anos, a indústria naval brasileira têm a terceira maior carteira de encomendas do mundo.
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