O uso de veículos elétricos está se tornando cada vez mais comum no Brasil. Porém, um dos desafios para o segmento continua sendo a infraestrutura.

Atentos a essa necessidade, a Fundação CERTI, hub de inovação de Florianópolis (SC) com expertise em veículos elétricos, e a Equatorial Energia, holding que controla as distribuidoras de energia no Norte do país, trabalham na reta final de um projeto piloto que vai instalar sete estações de recarga – rápidas e semirrápidas – na rota que liga as capitais do Maranhão e Piauí, conhecida como a Rota do Sol.

Os pontos de carregamento já estão sendo instalados e a finalização está prevista para a primeira quinzena de abril. As estações serão distribuídas entre as cidades de São Luís, Bacabal e Teresina e na rodovia que interliga os municípios.

Ao todo, são três estações de recarga rápida, cada uma com três conectores, que possibilitarão que veículos com conectores do Tipo 2, CCS2, CHAdeMO sejam carregados, além de quatro estações semirrápidas com dois conectores para carregamento de carros elétricos com conectores Tipo 2.

Inicialmente, as estações de recarga serão abertas ao público, sem cobrança pela recarga.

Além da instalação, dentro do escopo do projeto está previsto o desenvolvimento de um algoritmo que fará a tarifação dinâmica do valor que, no futuro, poderá ser cobrado nas recargas.

A iniciativa busca controlar a demanda nas estações e otimizar o uso, evitando que os usuários carreguem seus carros em horários de alta demanda energética. Para isso, os preços das estações poderão ser modulados a cada meia hora, incentivando as pessoas a carregar em horários estratégicos e mais em conta.

“A tarifação dinâmica permite que os preços da recarga sejam modulados com os objetivos de evitar sobrecarga na rede de distribuição de energia, aproveitar o potencial de geração renovável e dar liberdade para o usuário, que poderá gerenciar o seu custo e tempo”, afirma Jéssica Ceolin, coordenadora do projeto.

“Com este modelo, é possível fazer a alocação temporal das recargas, ou seja, distribuir as recargas ao longo dos horários do dia, evitando picos de consumo e maximizando uma geração local, como, por exemplo, a geração fotovoltaica, além da distribuição espacial, que leva em conta todas as estações disponíveis e visa conduzir os motoristas, evitando filas e subutilização das estações”, ela completa.