Assessoria de Imprensa
15/05/2024 13h13
Segundo dados do Boletim de Conjuntura Econômica de abril da Confederação Brasileira de Transportes (CNT), a inflação no país está arrefecendo.
Os resultados mostram que em março, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) aumentou 0,16%, número bem abaixo do mês de fevereiro, com 0,83%. Em doze meses, o índice acumulou alta de 3,93%, o valor é o menor desde junho de 2023.
Uma medida que ajuda a entender o momento econômico do país foi o novo corte da Taxa Selic, taxa básica de juros do país. A decisão da segunda reunião do ano do Comitê de Política Monet&aa
...Segundo dados do Boletim de Conjuntura Econômica de abril da Confederação Brasileira de Transportes (CNT), a inflação no país está arrefecendo.
Os resultados mostram que em março, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) aumentou 0,16%, número bem abaixo do mês de fevereiro, com 0,83%. Em doze meses, o índice acumulou alta de 3,93%, o valor é o menor desde junho de 2023.
Uma medida que ajuda a entender o momento econômico do país foi o novo corte da Taxa Selic, taxa básica de juros do país. A decisão da segunda reunião do ano do Comitê de Política Monetária (COPOM), em março, foi de corte de 11,25% para 10,75% ao ano.
A expectativa do mercado, reportada no Boletim Focus, do Banco Central, é de que, até dezembro próximo, a taxa Selic chegue a 9% ao ano. De acordo com a economista do IPTC (Instituto Paulista de Transporte de Cargas), Raquel Serini, esse é um bom momento para o desenvolvimento do país.
“Quando há queda da inflação e redução de juros, fica mais acessível pegar empréstimos e fazer financiamentos, acelerando o consumo, a produção e consequentemente aquecendo a economia”, explica.
O Governo Federal enviou ao Congresso Nacional em 15 de abril o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2025, expressando otimismo econômico. O documento busca equilibrar receitas e despesas no próximo ano, sem prever déficit ou superávit. Espera-se que a dívida pública em relação ao PIB continue crescendo até 2027, atingindo 79,7%, antes de começar a declinar em 2028.
Transporte – O setor de transporte pode enfrentar impactos significativos com o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2025. Isso decorre da previsão de priorização de investimentos dentro do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
As despesas destinadas ao programa, limitadas a R$ 5 bilhões, não serão contabilizadas na meta de resultado primário, tornando os investimentos em infraestrutura menos vulneráveis a cortes caso a arrecadação não atinja as expectativas previstas.
De acordo com Serini, com o novo PAC foram definidas prioridades e o transporte é uma delas, a fim de promover investimentos públicos e privados para fortalecer a logística no país e impulsionar a geração de empregos.
“Para a evolução do setor, é necessário que saiam do papel vários projetos de infraestrutura rodoviária e outras medidas fundamentais para adequação da malha viária, como por exemplo a conexão a portos, duplicação, triplicação de pistas, pontes e etc. Tudo isso, permitirá melhor qualidade das rodovias e elevará o nível de serviço prestado pelas transportadoras”, conta.
O setor de transporte contribui para o crescimento da economia, distribuindo 65% de todos os produtos do país, porém, Serini prefere ser cuidadosa em relação ao desenvolvimento do setor.
“Precisamos acompanhar esse desenvolvimento com muita cautela face às incertezas relacionadas ao momento político que trava embates entre congresso e governo sobre possíveis alterações na questão tributária, além da possível oneração da folha de pagamento para 17 segmentos, incluindo o transporte de cargas”, explica.
Setor cauteloso – As estimativas econômicas para 2024 retratam um cenário promissor, mas sem perspectivas robustas tanto do mercado interno quanto externo, apresentando queda da inflação e novas reduções de juros para o segundo semestre.
A economista do IPTC explica que, como as políticas monetária e fiscal provocam retração da economia, o Governo tem divulgado medidas para impulsionar o crescimento por meio de planos de investimentos (Novo PAC e o Nova Indústria Brasil), oferta de linhas de crédito, principalmente do BNDES, e de investimentos das estatais, como a Petrobras.
“Caso esses planos e essas medidas sejam efetivas, o desempenho da economia ao longo de 2024 pode superar as atuais expectativas de crescimento”, finaliza Raquel.
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