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Consumo de aço na América Latina tem recuperação lenta no início do ano

De acordo com o termômetro setorial da Alacero, o pior desempenho veio do setor de construção

Assessoria de Imprensa

17/05/2023 08h31 | Atualizada em 17/05/2023 13h46


Dados da Alacero (Associação Latino-Americana do Aço) indicam que em janeiro de 2023 foram consumidas 6,2 Mt de aço, o que representa +19% sobre dezembro e 8,4% sobre janeiro de 2022.

No entanto, a produção de aço bruto em fevereiro foi de 4,5 Mt, ou 10,8% menor que no mês anterior, enquanto a de laminados foi de 4,8 Mt, 1,6% abaixo de janeiro.

No comparativo anual, a produção de aço bruto em fevereiro de 2023 foi 6,6% inferior à de fevereiro de 2022, enquanto a de laminados foi 12,1% maior.

No início do ano, os principais setores demandantes de aço apresentaram comportamento desigual no nível de atividade

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Dados da Alacero (Associação Latino-Americana do Aço) indicam que em janeiro de 2023 foram consumidas 6,2 Mt de aço, o que representa +19% sobre dezembro e 8,4% sobre janeiro de 2022.

No entanto, a produção de aço bruto em fevereiro foi de 4,5 Mt, ou 10,8% menor que no mês anterior, enquanto a de laminados foi de 4,8 Mt, 1,6% abaixo de janeiro.

No comparativo anual, a produção de aço bruto em fevereiro de 2023 foi 6,6% inferior à de fevereiro de 2022, enquanto a de laminados foi 12,1% maior.

No início do ano, os principais setores demandantes de aço apresentaram comportamento desigual no nível de atividade.

De acordo com o termômetro setorial da entidade, o pior desempenho veio do setor de construção.

Após moderar o ritmo de contração nos últimos meses de 2022, a atividade caiu mais fortemente no início de 2023.

Assim, depois de cair 0,8% na média ano a ano no último bimestre de 2022, em janeiro o consumo no setor retraiu 2,2% no comparativo ano a ano (a/a).

Em contrapartida, a produção industrial que apresentou o melhor desempenho. Mesmo após registrar leve queda em dezembro de 2022, a atividade cresceu 5,3% a/a em janeiro de 2023, após cair 0,3% a/a no último mês de 2022.

O desempenho da manufatura foi bom na Argentina e no Peru (+6,3% e +1,1% a/a, em cada caso), que registraram quedas a/a no final de 2022 (-2,7% e -4,6%, respectivamente).

Por sua vez, o México registrou aceleração no primeiro mês do ano (de 2,7% a/a em dezembro para 4,8% a/a em janeiro).

Dentro da indústria, também são observadas heterogeneidades. Apesar da tração da Argentina e do México (que registraram altas anuais de 22,9% e 10,3%, respectivamente), em fevereiro a produção automotiva avançou a um ritmo ligeiramente inferior ao do mês anterior (5,5% a/a vs. 6% a/a).

A produção de máquinas continuou melhorando em janeiro, quando cresceu 8,7% a/a, liderada por México e Chile (com expansões de 15% e 12,5% a/a, respectivamente), enquanto a fabricação de eletrodomésticos se recuperou após 17 meses em nível negativo, registrando um aumento a/a de 1,7%.

“A situação internacional exige extrema atenção da nossa indústria regional local”, afirma Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero.

“Com a produção de aço da China caindo diante da forte pressão para reduzir a pegada de carbono, agora há espaço para os países emergentes redirecionarem seu fornecimento de produtos acabados. Assim, gera-se uma boa oportunidade para novos negócios e intensificação do comércio intrarregional entre os países latino-americanos”, avalia.

De acordo com o executivo, outro foco de atenção é a iminente aprovação da versão final do Coal Border Adjustment Mechanism (CBAM), que visa controlar a entrada na União Europeia de determinadas mercadorias importadas de países com regulamentações menos rígidas das emissões de carbono.

“Isso abre um alerta para os países latino-americanos que têm negociações comerciais com esses países”, acrescenta Wagner.

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