Assessoria de Imprensa
18/12/2023 11h59 | Atualizada em 21/12/2023 00h28
A escassez de mão de obra qualificada tem sido um dos principais problemas enfrentados pelo setor da construção civil.
Segundo estudo realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), 89% das construtoras estão com dificuldade em encontrar profissionais especializados.
As empresas apontaram maior dificuldade na contratação de pessoal de produção qualificada, principalmente pedreiros (82,0%) e carpinteiros (78,7%), bem como de gestão de obra – mestre de obras (74,7%) e encarregado (70,0%). Também foi identificada carência de qualificação da mão de obra terceirizada (94.67%)
...A escassez de mão de obra qualificada tem sido um dos principais problemas enfrentados pelo setor da construção civil.
Segundo estudo realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), 89% das construtoras estão com dificuldade em encontrar profissionais especializados.
As empresas apontaram maior dificuldade na contratação de pessoal de produção qualificada, principalmente pedreiros (82,0%) e carpinteiros (78,7%), bem como de gestão de obra – mestre de obras (74,7%) e encarregado (70,0%). Também foi identificada carência de qualificação da mão de obra terceirizada (94.67%).
De acordo com o levantamento, 72,67% das empresas do setor estão dispostas a custear a qualificação dos seus empregados.
A maioria (43,33%) prefere que a qualificação dos profissionais seja com aulas práticas e teóricas no próprio canteiro de obras, ministradas por escolas contratadas pelas empresas. “A construção civil vivenciou um grande período de queda de atividades, entre 2014 e 2019, e, com isso, perdeu trabalhadores para outros segmentos”, avalia o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Renato Michel.
Ele pontua que o setor gerou cerca de 400 mil novas vagas de trabalho durante a pandemia.
“Isso era algo que não esperávamos. Em dois anos, nossa demanda por mão de obra cresceu 25%. E desde então, a falta de mão de obra tem aumentado e atingido todos os níveis da construção civil. Além disso, o avanço da tecnologia no setor, com a utilização de novos métodos construtivos, também cobra mais treinamentos específicos”, enfatiza. O presidente do Sinduscon-MG destaca que investir em capacitação é fundamental neste momento.
A Emccamp Residencial, que atua há mais de 45 anos no mercado imobiliário de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, é um exemplo de empresa que tem investido em uma série de ações para driblar a falta de mão de obra especializada no setor da construção.
“Trabalhamos com empresas parceiras como o Senai, que oferece a capacitação de mão de obra via parceria com a Emccamp e outras empresas do segmento. Também contamos com treinamentos de requalificação. Por exemplo, hoje em dia, em vez de desligar um pedreiro que não está muito bom em acabamento, nós optamos por requalificar e ensiná-lo a executar sua função da melhor forma”, explica Christina Santana, gerente de Recursos Humanos da Emccamp.
Ela conta que a construtora possui uma dinâmica própria de gestão da obra, que permite um melhor acompanhamento do desempenho dos profissionais. “Por exemplo, quando uma obra está finalizando uma fase, como a de fundação, nós já temos outra, em outro local, pronta para receber estes profissionais. Esse cronograma de obra organizado nos ajuda na retenção da mão de obra especializada, pois esses profissionais sempre são aproveitados e tem novos desafios pela frente dentro da própria Emccamp”, pontua.
A empresa também investe fortemente, no treinamento das lideranças. “No decorrer deste ano, tivemos capacitações especializadas para gerentes, outros para coordenadores e supervisores, afinal cada área demanda estratégias de comunicação assertiva, de gestão de conflitos, de liderança inspiradora e engajadora”, enfatiza Christina.
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