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Construção enfrenta dificuldades no Leste Europeu

Guerra na Ucrânia vem deteriorando as condições econômicas na região, diz a GlobalData

GlobalData

21/07/2022 16h45 | Atualizada em 27/07/2022 15h11


Segundo a GlobalData, a previsão é de que a produção da construção recue 3,4% na região do Leste Europeu e da Ásia Central em 2022.

De acordo com a empresa global de análises, isso se deve a fortes contrações nos setores de construção russo e ucraniano, que devem cair 8,5% e 69,1%, respectivamente.

Segundo Joel Hanna, economista da GlobalData, a Rússia é o maior mercado na região para o setor de construção, mas deve continuar a sofrer fortes sanções após a invasão da Ucrânia.

Até o momento, as sanções impostas ao país ainda não lograram impedir o prolongamento da invasão, de modo que as condições econômicas e de investimento estão gradualmente se deteriorando.

"Além disso, o declínio dos volumes de exportação de petróleo e gás devido aos embargos comerciais ocidentais pode deprimir as receitas do governo russo nos próximos trimestres, apesar de atualmente as receitas estarem sendo impulsionadas pelos altos preços”, comenta.

Os receios de

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Segundo a GlobalData, a previsão é de que a produção da construção recue 3,4% na região do Leste Europeu e da Ásia Central em 2022.

De acordo com a empresa global de análises, isso se deve a fortes contrações nos setores de construção russo e ucraniano, que devem cair 8,5% e 69,1%, respectivamente.

Segundo Joel Hanna, economista da GlobalData, a Rússia é o maior mercado na região para o setor de construção, mas deve continuar a sofrer fortes sanções após a invasão da Ucrânia.

Até o momento, as sanções impostas ao país ainda não lograram impedir o prolongamento da invasão, de modo que as condições econômicas e de investimento estão gradualmente se deteriorando.

"Além disso, o declínio dos volumes de exportação de petróleo e gás devido aos embargos comerciais ocidentais pode deprimir as receitas do governo russo nos próximos trimestres, apesar de atualmente as receitas estarem sendo impulsionadas pelos altos preços”, comenta.

Os receios de recessão global, ele prossegue, podem pressionar para baixo os preços da energia, o que, por sua vez, pode induzir a Rússia a cortar ainda mais o fornecimento para manter os preços altos, aumentando a exposição do país às flutuações dos preços.

“É provável que essas condições pesem muito sobre os investimentos na Rússia e o setor da construção civil", diz Hanna.

A previsão original de queda do setor na Rússia, de -9,2%, foi ligeiramente aliviada no 2º trimestre, para -8,5%, refletindo um 1º trimestre mais forte que o esperado.

Além disso, a construção também vem sendo impactada pela guerra à medida que os preços das commodities sobem.

O rápido aumento dos custos do material de construção é o principal ingrediente para o baixo crescimento esperado para o ano.

De acordo com o relatório "Global Construction Outlook to 2026", o impacto da crise deve atingir o Leste Europeu com mais força que a Ásia Central, que tem sido menos afetada pelas sanções ocidentais.

Espera-se que o bloco de países do Leste Europeu registre um crescimento de 1%, enquanto os países da Ásia Central (incluindo Cazaquistão, Uzbequistão e Azerbaijão) devem registrar um crescimento de 5,8% este ano.

"Além da volatilidade do mercado global de commodities, a construção ainda enfrenta riscos de queda na região decorrentes da desvalorização da moeda, alimentando custos mais altos de importação e fuga de capitais devido à fraca confiança dos investidores”, acrescenta Hanna.

“Espera-se ainda que os aumentos das taxas de juros diminuam a produção devido aos custos mais elevados de financiamento, tanto do lado da oferta quanto da demanda”, acentua.

Por outro lado, a construção residencial pode ser estimulada pelo aumento da demanda por ativos seguros, caso a inflação se mantenha alta no longo prazo.

“A queda no investimento privado também pode ser parcialmente compensada pelo aumento de gastos do governo com transporte e infraestrutura de energia nos próximos quatro anos, financiados através de mecanismos de recuperação da União Europeia", ele pontua.

A GlobalData projeta que a construção se recupere parcialmente na região em 2023, com crescimento de 2,1%, antes de atingir um avanço médio de 3,2% entre 2023 e 2026.

“Mas a expectativa é de que o setor permaneça abaixo dos níveis pré-pandemia pelo menos até 2024”, conclui Hanna.

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