De acordo com estimativas de cientistas canadenses, a corrosão foi responsável por prejuízos globais da ordem de US$ 2,5 trilhões em 2021.

Além da corrosão marítima, muitas operações industriais emitem gases que acabam danificando diversos tipos de estruturas metálicas.

Porém, já existe uma solução que promete resolver o problema, oferecendo vantagens adicionais como melhoria controle da temperatura do ambiente.

São as telhas de compósitos, um material que combina polímeros e fibras de vidro. “Ainda que no exterior sejam usados em aplicações bastante sofisticadas, como peças de ônibus espaciais, trens e veículos de luxo, no Brasil os materiais compósitos são associados a produtos de qualidade duvidosa”, comenta Cyrus Muchalski, gerente geral da Planefibra

“No entanto, quando fabricados de acordo com as normas técnicas, oferecem muito mais benefícios que o metal ou a madeira, o que ocorre claramente com as telhas”, acrescenta.

Ciente do comportamento dos compósitos – leves e extremamente robustos, podendo inclusive ser formulados com resinas resistentes à propagação de chamas –, a Planefibra decidiu investir na produção de telhas opacas para ambientes corrosivos, após se consolidar como fornecedora de telhas translúcidas feitas com o mesmo material.

“Uma das principais características dos compósitos é a resistência à corrosão, tanto que cascos de embarcações e tanques de produtos químicos são feitos com essa combinação entre polímeros e fibras”, prossegue o especialista.

Depois de uma série de testes feitos em laboratório e em campo, alguns com a participação do Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabLEE), da Universidade Federal de Santa Catarina (USFC), a empresa passou a fabricar telhas opacas para aplicações industriais como fábricas de fertilizantes, galpões que armazenam produtos químicos e instalações portuárias.

“Além de serem bem mais leves e fornecidas na cor e medida que o cliente quiser, as telhas de compósitos têm uma vida útil até cinco vezes superior, o que dá muito mais segurança não só às construtoras, mas também aos operadores dos galpões”, conclui Muchalski.