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Como evitar as patologias em construções

Segundo especialista, é possível reduzir significativamente o risco e impacto das patologias no processo construtivo e edificações, garantindo a segurança, durabilidade, conforto térmico, estética e consequentemente um ambiente saudável aos seus ocupantes

Assessoria de Imprensa

23/07/2024 10h37 | Atualizada em 24/07/2024 12h01


William Medeiros*

Pense num edifício, seja ele pequeno, grande ou um megacomplexo. Agora imagine-o como uma estrutura comparada ao corpo humano, que pode sofrer de patologias que causam desconforto, danos leves ou mais severos e até mesmo riscos à segurança.

De fissuras, passando pelas infiltrações e chegando à corrosão, felizmente é possível prevenir a maioria desses problemas por meio de medidas adequadas durante todo o processo da obra, desde o projeto e escolha de materiais até a manutenção.

Como engenheiro e no dia a dia da gerência técnica de uma empresa certificada ISO: 9001, líder e

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William Medeiros*

Pense num edifício, seja ele pequeno, grande ou um megacomplexo. Agora imagine-o como uma estrutura comparada ao corpo humano, que pode sofrer de patologias que causam desconforto, danos leves ou mais severos e até mesmo riscos à segurança.

De fissuras, passando pelas infiltrações e chegando à corrosão, felizmente é possível prevenir a maioria desses problemas por meio de medidas adequadas durante todo o processo da obra, desde o projeto e escolha de materiais até a manutenção.

Como engenheiro e no dia a dia da gerência técnica de uma empresa certificada ISO: 9001, líder em sistemas de revestimentos e que fornece informações técnicas que viabilizam edificações com mais qualidade, beleza e durabilidade, sempre sou questionado – seja para uma nova obra ou soluções de problemas já existentes – sobre qual a melhor maneira de garantir uma vida plena às edificações, se antecipando aos problemas estruturais e de infraestrutura que possam vir a ter ao longo do tempo.

Arrisco dizer que o ponto de partida mais assertivo é sempre o mesmo: realizar um estudo sistemático de possíveis defeitos, danos e falhas, para a partir daí ser possível diagnosticar não só as causas, sejam elas má qualidade de materiais utilizados, deficiência de design, erros de execução, idade e uso ou fatores ambientais, mas compreender a natureza da deterioração e decidir a melhor maneira de corrigi-la.

O pontapé inicial para uma construção de sucesso é cumprir rigorosamente normas técnicas como a ABNT NBR 16565 (Patologia das Construções) e a ABNT NBR 6118 (Concreto – Procedimento para Avaliação da Resistência à Compressão); ter um projeto que contemple especificações técnicas apuradas e garanta a compatibilidade entre os materiais e sistemas construtivos e contar com uma equipe de profissionais com qualificações distintas para cada uma das etapas da obra.

Aliado a isso, o que vai determinar um futuro promissor ou um turbilhão de problemas nas edificações é a escolha de materiais. Volte seu olhar para materiais com certificação e conformidade com as normas técnicas, considere suas características, compatibilidade entre si e adequação ao projeto, além de armazená-lo de maneira correta, preservando suas propriedades e evitando danos que podem comprometer seu desempenho na obra.

A partir daí, o fator humano deve entrar em cena ainda mais refinado. É crucial uma mão de obra qualificada, fiscalização ininterrupta e rigorosa, acompanhamento técnico especializado com inspeções regulares e monitoramento do desempenho, além da implementação de um plano de manutenção preventiva.

Como especialista em sistemas de revestimento para fachadas para edifícios, posso afirmar que existem limitações em qualquer sistema, algumas mais importantes para determinados tipos de edifícios, como os comerciais, já que eles são ocupados por empresas que em geral estão dedicadas a geração de capital. A gestão do ciclo de manutenção previsto na NBR 5674 não é simples e uma vez negligenciada, pode causar impactos e custos muito altos. Por isso, é recomendável uma abordagem que privilegie os sistemas com maior tempo de Vida Útil e menor manutenção, com acabamentos da mais alta tecnologia e para o qual um Plano de Manutenção Preventiva seja bem detalhado e respeitado.

Tenho percebido uma divulgação maior e ajustes nas normas de garantia (NBR 17170) e manutenção (NBR 5674), mas é notória a dificuldade de sensibilização dos usuários de edifícios, em especial os residenciais, por isso recomendo que sejam contratados especialistas de mercado, como arquitetos, consultores, além de empresas e indústrias que possam fornecer sistemas e não somente produtos, que disponham de manuais próprios para as manutenções preventivas.

Aliás, já existem indústrias no Brasil capazes de oferecer até mesmo o equivalente das oficinas ou concessionárias no formato de empreiteiros especializados na manutenção preventiva e corretiva.

No final, apesar de ser praticamente impossível evitar por completo o aparecimento de patologias, com uma abordagem não só abrangente, mas consciente, podemos reduzir significativamente o risco e impacto delas no processo construtivo e edificações, garantindo a segurança, durabilidade, conforto térmico, estética e consequentemente um ambiente saudável aos seus ocupantes.

*William Medeiros, gerente técnico, comercial e marketing da Sto Brasil

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