Na semana passada (dia 28), a China inaugurou a segunda maior usina hidrelétrica do mundo. Com 16 geradores e capacidade de 16 GW/h, a nova hidrelétrica de Baihetan só perde em capacidade para a Barragem das Três Gargantas, no rio Yangtze, capaz de produzir 22,5 GW/h com 32 geradores.

Em um ano, a usina gerará mais de 62.000 TW/h de eletricidade, ajudando a reduzir as emissões de dióxido de carbono em 52 milhões de toneladas, quando estiver em plena operação, em julho de 2022.

Implantada no sudoeste do país, a usina conta com as primeiras turbinas de 1 GW/h do mundo. Além da capacidade de produção de energia, a nova hidrelétrica chinesa também é a maior barragem em arco do mundo.

Ao custo de US$ 46,5 bilhões, a obra demorou quatro anos para ser finalizada, apesar dos desafios de engenharia que incluíam terreno frágil, localização remota e escavações constantes.

Cerca de 100 mil moradores foram deslocados para dar lugar ao projeto. “O desenvolvimento hidrelétrico da China ainda tem potencial, mas é limitado em comparação com outras energias renováveis”, afirma o pesquisador Yang Fuqiang, do Instituto de Energia da Universidade de Pequim, na China.

“Atualmente, existem mais de 350 GW de capacidade hidrelétrica, mas o país pode chegar a mais 100 GW, principalmente no curso superior dos rios Jinsha e Lancang”, completa.