Dados da Cooperativa dos Garimpeiros, Mineração e Agroflorestal (Minacoop), em Porto Velho, apontam que 150 quilos de ouro são extraídos do Rio Madeira, todos os meses. Essa quantidade equivale a apenas 30% de tudo que passa pelo sistema de extração do minério. O peso extraído poderia ser maior se houvesse um sistema mais moderno para a captação do ouro.

1,6 mil dragas e escarifuças fazem o processo de extração no Rio Madeira até Calama, distrito de Porto Velho e, dessas, 600 estão na capital. "A garimpagem no Rio Madeira começou com pequenas balsas e evoluiram para as dragas que são máquinas com um potencial bem maior para extração", diz Deolindo de Carvalho, superintendente substituto do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

A atividade de extração é simples, porém demorada. É necessária muita atenção. Uma lança de 16 polegadas é fixada a uma profundidade de aproximadamente 15 metros para sugar o ouro e armazená-lo por um período de 20h. Após essa etapa, o minério é filtrado e, ao final, são retiradas as impurezas e restos de areia do produto. Assim, o ouro está pronto para ser comercializado.

O garimpeiro Raimundo da Silva Oliveira, responsável pela filtragem do ouro, disse que o trabalho é desgastante, no entanto o lucro compensa. "O trabalho aqui é pesado, só que vale a pena. É cansativo mas vale a pena", conta Raimundo.

De acordo com a Minacoop, são movimentados, mensalmente, cerca de R$ 12 milhões na economia de Porto Velho, resultando em mais de R$ 1,7 bilhões na economia do estado nos últimos 13 anos. Todo ouro extraído em Rondônia é vendido para Bolsa de Valores de São Paulo e, de lá, exportado para outros países.