Energia
Diário do Nordeste
01/03/2010 16h03 | Atualizada em 01/03/2010 20h04
Até o fim deste mês, devem ser iniciadas as obras de construção da primeira usina solar comercial do Brasil, a ser instalada em Tauá, interior cearense. O empreendimento será tocado pela MPX, empresa do grupo EBX, de Eike Batista. A empresa, que anunciara a usina ainda em 2008, resolveu começar a instalação do projeto somente agora porque esperava pela aprovação de instrumentos estaduais de incentivo à produção da nova fonte de energia.
"A data ainda está indefinida, mas será ainda neste mês. E a previsão é de que, até o meio do ano, esta primeira fase da usina já esteja concluída", informa o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), Antônio Balhmann. O presidente da MPX Energia, Eduardo Karrer, já hav
...Até o fim deste mês, devem ser iniciadas as obras de construção da primeira usina solar comercial do Brasil, a ser instalada em Tauá, interior cearense. O empreendimento será tocado pela MPX, empresa do grupo EBX, de Eike Batista. A empresa, que anunciara a usina ainda em 2008, resolveu começar a instalação do projeto somente agora porque esperava pela aprovação de instrumentos estaduais de incentivo à produção da nova fonte de energia.
"A data ainda está indefinida, mas será ainda neste mês. E a previsão é de que, até o meio do ano, esta primeira fase da usina já esteja concluída", informa o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), Antônio Balhmann. O presidente da MPX Energia, Eduardo Karrer, já havia informado na imprensa que a usina deverá iniciar com apenas 1 megawatt (MW) em sua primeira fase, o que envolverá investimentos de R$ 10 milhões, com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Após isso, será ampliada até alcançar 5 MW, já autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo Balhmann, essa ampliação da usina dependerá da capacidade de financiamento do Fundo de Investimento em Energia Solar (Fies), aprovado em 2009 e pioneiro no Brasil. O fundo, entre outras determinações, pagaria ao investidor a diferença entre tarifa de referência normal e a da solar, que ainda é mais cara. "A energia solar ainda é comercialmente inviável, e só se torna possível com este instrumento. A cada ano, com o Fies avançando, nós podemos ir ampliando a capacidade de produção da usina", esclarece Balhmann.
Quando anunciada, a MPX previa uma usina solar de 50 MW, custando US$ 250 milhões. O valor, posteriormente, como mostrou o Diário do Nordeste na edição de 15/04/2009, foi considerado caro pelos investidores, que buscavam barateamento dos equipamentos. "Nós estamos fazendo um esforço no desenvolvimento comercial da usina. Queremos melhorar o custo das placas, que são muito caras ainda. Para se ter uma ideia, a usina solar tem um investimento por quilowatt seis a sete vezes maior que o de uma termelétrica a carvão", explica o diretor de Negócios e Meio Ambiente da MPX, Paulo Monteiro.
Apesar de os planos terem mudado, a possibilidade do empreendimento com esta capacidade de produção não está descartada pela empresa. Segundo o presidente da empresa, em entrevista que deu recentemente, a ampliação também dependerá dos custos dos equipamentos, que estão em queda no momento. O Governo do Estado trabalha na atração de uma fábrica de painéis solares para o Ceará da chinesa Yingli, o que poderia reduzir os custos do equipamento.
Os planos são a criação de um polo de energia solar na região dos Inhamuns, que é a área de melhor incidência solar do País para a produção dessa energia. Toda a parte de beneficiamento de minerais e produção das placas fotovoltaicas - que tem em sua matéria-prima, o silício, retirado do quartzo, mineral encontrado em excelente qualidade e quantidade no Estado - seria montada na região.
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