Assessoria de Imprensa
23/01/2023 08h30 | Atualizada em 25/01/2023 14h35
O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) lançou na semana passada um relatório com as perspectivas para o setor energético em 2023.
A consultoria, que é uma das mais influentes do Brasil no setor de energia, defende que o Governo reveja as medidas promovidas ao longo de 2022 para mitigar o aumento dos preços dos combustíveis e afirma que políticas de controle ostensivo dos preços podem afastar o investimento externo e causar desequilíbrios nas cadeias de suprimento doméstico.
“As inconsistências em medidas regulatórias e no papel do Estado são uma das principais fontes de insegurança e risco para o segmento no Br
...O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) lançou na semana passada um relatório com as perspectivas para o setor energético em 2023.
A consultoria, que é uma das mais influentes do Brasil no setor de energia, defende que o Governo reveja as medidas promovidas ao longo de 2022 para mitigar o aumento dos preços dos combustíveis e afirma que políticas de controle ostensivo dos preços podem afastar o investimento externo e causar desequilíbrios nas cadeias de suprimento doméstico.
“As inconsistências em medidas regulatórias e no papel do Estado são uma das principais fontes de insegurança e risco para o segmento no Brasil. Por isso, é fundamental afastar essa imagem e aumentar a projeção do país no cenário global”, afirma Pedro Rodrigues, diretor e sócio do CBIE.
No setor elétrico nacional, o CBIE defende a continuidade das obras e operação do Linhão de Tucuruí para promoção da segurança energética brasileira.
O empreendimento, que ligará Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), estava suspenso em função de entraves ambientais e regulatórios, já que as obras devem atravessar 122 km de terras protegidas. Até que, em outubro de 2022, as autoridades federais conseguiram alcançar um acordo de compensação junto à comunidade indígena local.
O documento ainda indica que os investimentos em infraestrutura para escoamento de gás natural (gasodutos e UPGNs) podem proporcionar a redução dos volumes de reinjeção, assim como explorar recursos não-convencionais, de forma que se reduza a necessidade de importação e, consequentemente, a vulnerabilidade a fatores externos com relação ao insumo.
Potencial brasileiro – No relatório, a consultoria ainda enfatiza o protagonismo brasileiro para a produção de biocombustíveis e defende que eles tenham maior reconhecimento no programa de transição energética.
O biogás pode colaborar na descarbonização do setor do agronegócio gerando energia através de uma fonte não intermitente.
“Hoje o Brasil é o segundo maior produtor de biocombustíveis do mundo, só perde para os Estados Unidos, mas o nosso potencial é muito maior. E estamos falando de uma energia limpa, renovável e de economia circular. É importante que o Governo promova diferenciais tributários para incentivar o seu desenvolvimento”, afirma Bruno Pascon, diretor e sócio do CBIE.
O documento traz ainda um panorama sobre os investimentos feitos em energias renováveis e apresenta o potencial brasileiro para eólicas offshore.
O CBIE defende que haja avanços na regulação de eólicas offshore, já que, até o momento, existem apenas Projetos de Lei tramitando no Congresso. De acordo com o relatório, é preciso ainda que mais leilões sejam realizados, assim como investimentos para que haja avanços na criação de um mercado de créditos de carbono.
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