Relatório realizado pela Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap), atrelada ao Ministério da Economia, apontou que o governo federal diminuiu em 45% o subsídio ao programa habitacional Minha Casa Minha Vida (atual Casa Verde e Amarela) no ano passado.

Em números, isso representa R$ 2,1 bilhões a menos para o programa. Empresários da construção especializados no programa habitacional, que já vêm sofrendo com a alta dos insumos, apontam a necessidade de revisão e adequação.

“Essa queda atrapalhou demais a faixa 1”, afirma Cecilia Cavazani, diretora da Cavazani Construtora, que atua há 12 anos na construção de apartamentos pelo programa.

“É urgente que o preço do imóvel seja revisto, adequando-se à renda do cliente e, se possível, com subsídio maior, para que mais famílias possam ter acesso ao programa”, completa.

A empresária destaca ainda que o setor está ansioso por novas medidas ainda este ano. “O setor espera que o Governo Federal corrija o subsídio, diminua os juros e aumente a renda das famílias para o novo patamar de valor dos imóveis, tendo em vista que a construção civil vem passando por uma alta de insumos muito grande e ficou inviável não aplicar no preço do imóvel”, comenta.

Recentemente, durante o Fórum Norte-Nordeste da Indústria da Construção (FNNIC), o Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, anunciou novas medidas para o programa, que devem entrar em vigor na primeira semana de setembro.

Para a empresária, trata-se de uma esperança de melhoria. “O que esperamos é que o governo faça uma revisão no Casa Verde e Amarela, com os patamares e subsídios refeitos e renda das famílias revistas”, diz ela.

“O que precisamos é facilitar esse caminho, com novos subsídios, adequação da renda das famílias e menores taxas de juros. Só assim vamos acolher novas famílias e continuar na luta para amenizar a problemática da moradia no Brasil”, finaliza Cavazani.