No dia 17 de junho, a Emme Brasil anunciou a realização da Latam Wire + Steel, mais novo evento dedicado à cadeia produtiva de arames, fios, cabos, vergalhões, aços, tubos, perfis, chapas, máquinas, equipamentos, tecnologias e serviços.

Com planta já liberada para expositores, a primeira edição da feira acontece de 10 a 12 de agosto de 2026, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP);

“Os eventos que existem no mercado ou não conseguem atrair o público certo ou são muito grandes, que acabam abrangendo setores demais”, disse a CEO da Emme Brasil, Malu Sevieri, durante o lançamento.

“O resultado é um investimento alto que, muitas vezes, não traz exatamente o visitante que os expositores procuram”, completou.

Segundo o diretor da Latam Wire+Steel, Marcelo Lopes, o mercado conta com diversas feiras voltadas para nichos específicos, o que dificulta a atração de novos públicos.

“Feiras segmentadas tendem a reunir sempre as mesmas pessoas, o que, do ponto de vista de investimento, não é vantajoso”, ressaltou.

O executivo reforçou ainda que, em um negócio dinâmico como os que envolvem a indústria metalmecânica, é preciso faturar diariamente, o que só é possível com a conquista de novos clientes.

“Nosso objetivo é falar com toda a América Latina, até porque o Brasil é um grande centro, um verdadeiro hub para esse mercado”, acentuou.

Expansão – Na avaliação dos organizadores, o momento é oportuno para o lançamento.

Segundo a Mordor Intelligence, em 2024 o mercado de fios e cabos na América Latina era estimado em US$ 8,86 bilhões, devendo alcançar US$ 11,60 bilhões até 2029, com um crescimento médio anual (CAGR) de 5,5%.

A expansão reflete o avanço da infraestrutura elétrica e de telecomunicações, assim como adoção de tecnologias de redes inteligentes, aumento na geração de energia renovável e demanda crescente por cabos resistentes ao fogo, cada vez mais exigidos em grandes empreendimentos industriais e comerciais.

Paralelamente, o setor da construção civil também tem ganhado protagonismo, o que reforça a expectativa de crescimento no consumo de aços longos nos próximos anos.

Em 2024, o setor registrou alta de 4,3%, com PIB de R$ 359,523 bilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse cenário positivo também se refletiu na cadeia produtiva da construção, com destaque para a produção de insumos típicos do setor, que avançou 5,5% em 2024, uma reversão importante frente à queda de 2,8% registrada no ano anterior.

“O aumento acompanha a demanda impulsionada pela retomada de projetos habitacionais e de infraestrutura”, destacou a Emme Brasil.

Já o setor de aço, especificamente, também se destaca por sua relevância estratégica no Brasil, com capacidade instalada de 51,5 milhões de toneladas anuais e produção de 33,7 milhões de toneladas em 2024, posicionando o país como o 9º maior produtor global.