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Brasil e Irã fecham acordos na área energética

“A presença do Brasil pode levar ao aperfeiçoamento. Acreditamos que o Brasil pode atuar como um elo entre o Irã e a América Latina”, ressaltou Ahmadinejad.

Agência Brasil

25/11/2009 11h35


Brasília - Em tom diplomático, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou ontem (23) que sua política é baseada na defesa dos direitos humanos, da paz e da produção de energia nuclear para fins pacíficos. E o Brasil pode cooperar com o Irã como um interlocutor capacitado na América Latina, disse Ahmadinejad, durante declaração conjunta feita ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Itamaraty.

“A presença do Brasil pode levar ao aperfeiçoamento. Acreditamos que o Brasil pode atuar como um elo entre o Irã e a América Latina”, ressaltou Ahmadinejad.

No discurso de 17 minutos, Ahmadinejad negou as suspeitas de que o Irã esteja produzindo armas nucleares. “Os dois países [Irã e Brasil] buscam um mundo livre d

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Brasília - Em tom diplomático, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou ontem (23) que sua política é baseada na defesa dos direitos humanos, da paz e da produção de energia nuclear para fins pacíficos. E o Brasil pode cooperar com o Irã como um interlocutor capacitado na América Latina, disse Ahmadinejad, durante declaração conjunta feita ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Itamaraty.

“A presença do Brasil pode levar ao aperfeiçoamento. Acreditamos que o Brasil pode atuar como um elo entre o Irã e a América Latina”, ressaltou Ahmadinejad.

No discurso de 17 minutos, Ahmadinejad negou as suspeitas de que o Irã esteja produzindo armas nucleares. “Os dois países [Irã e Brasil] buscam um mundo livre de armas nucleares e de destruição em massa”, disse ele. “São dois países que decidiram desempenhar um papel ativo [no cenário internacional].”

Evitando citar países e governantes estrangeiros, Ahmadinejad só mencionou lideranças internacionais – os ex-presidentes norte-americanos Bill Clinton e George W. Bush – ao reclamar do embargo econômico a que seu país é submetido pelos Estados Unidos. Também queixou-se do sofrimento causado pelos ataques provocados pelo vizinho Iraque durante o governo do ex-presidente Saddam Husseim.

“Vários países construíram [um discurso] contra o Irã sem qualquer razão”, disse Ahmadinejad. “Desejamos prosperidade e progresso a todas as nações”, completou.

Segundo Ahmadinejad, o esforço de seu governo é para assegurar uma boa qualidade de vida para todos. “Estamos procurando construir um mundo distanciado de discriminação e injustiça com fraternidade e cooperação entre as nações”, disse ele.

O Brasil e Irã fecharam acordo para troca de experiências nas áreas de energia elétrica, petróleo, gás natural e etanol, além de enriquecimento de urânio para fins energéticos.

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, antecipou que o principal foco dos acordos está na geração e transmissão de energia elétrica no Irã. “O Brasil tem grande experiência na construção de usinas hidrelétricas e de linhas de transmissão de média e alta tensão. Então, firmamos acordos de troca de experiência nessas áreas”, explicou Zimmermann.

Sobre petróleo, o secretário disse que já haviam acordos anteriores para atuação da Petrobras no Irã e que eles foram reforçados para transferência de tecnologia da estatal brasileira.

Também há interesse na experiência iraniana para a construção de gasodutos e refino de combustível. “Sempre há experiências para trocar, mas o principal foco é em energia elétrica”, assinalou o secretário-executivo.

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