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Brasil avança no desenvolvimento do foguete MLBR

Após aprovação na revisão técnica, microlançador brasileiro segue para a fase de construção, liderada pela Cenic Engenharia

Assessoria de Imprensa

30/05/2025 18h34 | Atualizada em 30/05/2025 18h58


Nos dias 29 e 30 de maio, o projeto do Microlançador Brasileiro (MLBR) deu um passo decisivo com a conclusão e aprovação na etapa de Critical Design Review (CDR), uma revisão técnica formal de todos os aspectos de engenharia do foguete, autorizando o início da fase de construção e testes.

Seguindo padrões internacionais da área, a CDR é uma etapa obrigatória, que avalia se o sistema projetado é seguro, viável e aderente aos requisitos de missões aeroespaciais de alta complexidade.

“A aprovação da revisão crítica demonstra a maturidade e o compromisso da equipe com a excel&ec

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Nos dias 29 e 30 de maio, o projeto do Microlançador Brasileiro (MLBR) deu um passo decisivo com a conclusão e aprovação na etapa de Critical Design Review (CDR), uma revisão técnica formal de todos os aspectos de engenharia do foguete, autorizando o início da fase de construção e testes.

Seguindo padrões internacionais da área, a CDR é uma etapa obrigatória, que avalia se o sistema projetado é seguro, viável e aderente aos requisitos de missões aeroespaciais de alta complexidade.

“A aprovação da revisão crítica demonstra a maturidade e o compromisso da equipe com a excelência técnica, afirma Ralph Corrêa, diretor da Cenic Engenharia, empresa líder da iniciativa.

“Estamos prontos para colocar o Brasil em destaque na exploração espacial”, celebra.

O foguete de 12 m de altura e 1,1 m de diâmetro tem capacidade para transportar até 30 kg de carga útil em órbita baixa.

Com lançamento previsto para 2026, o MLBR será impulsionado por três motores de propelente sólido.

Desde a Preliminary Design Review (PDR), o projeto passou por ajustes técnicos que visaram aumentar a estabilidade e o controle do veículo em voo, ressalta a empresa.

“Também foi realizado um leve incremento de massa, permitindo maior capacidade de armazenamento de combustível e, consequentemente, melhor desempenho na inserção orbital”, comenta Corrêa.

Destaques – Durante a CDR, alguns subsistemas se destacaram por apresentarem um nível de maturidade superior ao esperado para esta fase.

É o caso dos sistemas de telemetria – responsáveis pela transmissão de dados do veículo para a estação em solo – e do sistema de navegação inercial (SNI), cujos modelos de qualificação já foram construídos e testados com sucesso.

Ambos já se encontram na configuração final que será utilizada no voo. Entre os ensaios realizados, destacam-se os testes de qualificação por vibração do SNI-GNSS.

As simulações, conduzidas em ambiente laboratorial, replicaram as intensas oscilações esperadas durante o lançamento, incluindo fases críticas como ignição, aceleração máxima e separação de estágios.

Os perfis de vibração utilizados foram baseados em dados reais de missão, assegurando um teste robusto e representativo.

Outro marco técnico foi a validação da integração entre o SNI-GNSS e o Computador de Missão (CDM) – o “cérebro de bordo” do foguete.

O CDM é responsável pelo monitoramento e controle em tempo real dos sistemas críticos durante o voo, processando dados dos sensores e tomando decisões autônomas para garantir a estabilidade, precisão e segurança da missão.

“O MLBR representa o fortalecimento da indústria espacial nacional, impulsionando o setor de alta tecnologia e desenvolvendo novas competências no país”, destaca o diretor.


A equipe mobilizada no projeto do Microlançador Brasileiro (MLBR)

Próximas etapas – Segundo ele, a próxima etapa é a avaliação da qualificação dos principais subsistemas do veículo (Systems Qualification Review - SQR), como propulsão, redes elétricas, estruturas e rampa de lançamento, por exemplo.

No que se refere à propulsão, os testes principais serão os chamados “tiros em banco” – ensaios estáticos realizados com os motores fixados em uma bancada.

Esses testes permitirão validar o empuxo gerado em comparação ao previsto em projeto, a resistência estrutural durante a queima e o comportamento térmico dos componentes expostos a altas temperaturas.

Já para a eletrônica embarcada, serão conduzidos testes ambientais que simularão as condições extremas do voo espacial, incluindo variações severas de temperatura, vibração e choque mecânico decorrente da separação de estágios.

Entre os ensaios previstos, destacam-se os testes de Compatibilidade Eletromagnética (EMC), que avaliam a emissão e a resistência dos componentes a interferências eletromagnéticas, descargas eletrostáticas e surtos conduzidos pelos cabos do sistema.

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